segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Chuva, ainda, não preocupa cebolicultores

Na última semana choveu nas principais regiões produtoras de cebola do Sul do País: Irati (PR) e Ituporanga (SC). A umidade não chegou a prejudicar a qualidade dos bulbos, mas desacelerou as atividades de campo. Esse cenário chega ser vantajoso ao setor devido aos atuais baixos preços da cebola. O receio é a continuidade das chuvas nas regiões sulistas, pois pode comprometer o processo de pré-cura realizado pelos produtores na roça.

Os impactos do clima foram mais danosos nas roças de maçã. Na semana passada, pomares de maçã de Fraiburgo (SC) foram atingidos por granizo. Há duas semanas, a ocorrência de granizo já tinha trazido prejuízo às regiões de Vacaria (RS) e de São Joaquim (SC). Ainda não há estimativas da perda total da fruta em Fraiburgo, mas agentes comentam que os pomares mais afetados podem ter perdido até 80% da produção.

Quanto ao mercado, no geral, o clima chuvoso nos principais centros consumidores aliado ao período de fim-de-mês reduziu o movimento do mercado, com vendas calmas de frutas e hortaliças. O cenário pode ser um pouco mais otimista nesta semana, período quando boa parte dos consumidores recebe salário e, inclusive, décimo terceiro.

Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Mamão havaí dobra de preço

O preço do mamão havaí reagiu em todas as regiões produtoras na semana passada. Após dois meses de oferta elevada e preços abaixo do valor mínimo estimado por produtores para cobrir os gastos com a cultura, o havaí teve valorização de mais de 100% nas regiões do Espírito Santo, sul da Bahia e norte de Minas. O excedente de mamão nas lavouras reduziu, graças ao clima mais ameno e ao retorno das chuvas no final de outubro.

Na média da semana passada (15 a 19/11), o havaí do tipo 12-18 foi comercializado a R$ 0,52/kg no sul da Bahia, valorização de 110%. Por conta do volume moderado previsto para esta semana, a expectativa é de que os preços continuem atrativos ao produtor.

O preço da cenoura também foi maior na última semana na região de Irecê (BA). Com a diminuição do plantio em agosto, houve pouca cenoura para ser colhida em novembro. Como resultado, a caixa “suja” de 20 kg foi cotada a R$ 5,75 na semana passada, valor 21% maior frente à anterior.

O volume de melão ofertado pelo Rio Grande do Norte/Ceará também foi mais baixo nos últimos dias. Isto se deve à menor produtividade das lavouras por conta da maior incidência de pragas, principalmente da mosca minadora. Dessa forma, a cotação da fruta apresentou leve alta. Na média da semana passada, o melão amarelo graúdo tipo 6-7 foi cotado em média a R$ 14,17/cx de 13 kg na região, aumento de 5% em relação à anterior.

Para as demais frutas e hortaliças, de modo geral, o mercado esteve calmo, ora pelo feriado do último dia 15, que reduziu o movimento do mercado, ora pela grande oferta de alguns produtos, como cebola, manga e tomate.

Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil

terça-feira, 16 de novembro de 2010

SP diminui o processamento de laranja e inicia o de manga

Com a oferta de laranja bastante reduzida no estado de São Paulo, algumas unidades processadoras de suco já começaram a encerrar as atividades. Essa antecipação está relacionada à forte quebra na safra de laranja paulista 2010/11 e à aceleração da colheita nos últimos meses, em função da estiagem prolongada.

Enquanto a moagem de laranja perde ritmo, é iniciado processamento de manga paulista. As plantas processadoras de manga não são mesmas de laranja. Segundo levantamentos do Cepea, um volume significativo de manga deve começar a ser entregue à indústria processadora da fruta nesta semana, uma vez que a maturação começa a atingir o grau ideal para produção de polpa. Em Monte Alto e Taquaritinga (SP), a colheita de tommy atkins foi intensificada na semana passada e a de palmer deve iniciar no final do mês. Para as demais frutas, o mercado seguiu praticamente estável. A exceção foi o mamão, cujo preço reagiu expressivamente devido à diminuição do excedente da oferta.

Quanto às hortaliças, o volume de batata seguiu limitado em mais uma semana de “mercado de chuva”, de modo que os preços seguiram firmes. Para a cebola, os preços nas roças mineiras, goianas e do Vale do São Francisco e de Mossoró (RN) reagiram na semana passada, devido ao restrito volume de bulbo de qualidade satisfatória nessas regiões. De qualquer forma, o preço médio recebido pelo produtor durante toda a temporada de cebola destas regiões é abaixo do esperado pelo produtor para recuperar os investimentos na cultura.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Batata tem “mercado de chuva”


Na semana passada choveu em algumas lavouras de batata, caracterizando o “mercado de chuva”: quando chove, não há colheita e, assim, os preços sobem. Na média da semana passada, a alta foi de 26% na Ceagesp, com a batata especial padrão ágata cotada a R$ 55,25/sc de 50 kg. Se as chuvas continuarem nesta semana, a oferta pode continuar limitada. O volume de batata, porém, não deve ser tão baixo como verificado na semana passada, pois a previsão é de menor volume de chuva nos próximos dias, o que não deve interferir significativamente nas atividades de campo.

De um forma geral, a comercialização de frutas e hortaliças foi considerada calma, com o feriado de Finados (02) tornando as vendas ainda menores no período. Para esta semana, o comércio deve ser mais firme, considerando o período de início-de-mês, que coincide com o recebimento dos salários, movimentando as negociações de hortifrutícolas.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Reduz oferta de tomate, mas preço ainda não reage


Produtores de tomate de Mogi Guaçu (SP) encerraram a temporada na última semana. No balanço da safra, a rentabilidade dos produtores foi positiva, mas os preços nos últimos meses foram pouco remuneradores, o que farão com que os investimentos com área diminuam na próxima safra na região. Com a finalização da safra em Mogi Guaçu, os preços do tomate, no entanto, não reagiram na última semana devido à baixa qualidade dos frutos.

As regiões produtoras de mamão também enviaram uma menor oferta ao mercado. O clima foi mais ameno no Espírito Santo e na Bahia, fazendo com que a maturação do mamão fosse mais lenta, desacelerando as atividades de campo.

A uva paulista também deve apresentar oferta reduzida. A chuva de granizo que ocorreu em Louveira/Indaiatuba (SP) na semana passada acabou prejudicando parte dos parreirais de uva rústica, as quais seriam vendidas visando as festividades de fim-de-ano. Com a menor oferta, produtores aguardam, pelo menos, melhores preços até o fim de 2010.

Enquanto a oferta de alguns hortifrutícolas está reduzindo no mercado, outros estão elevando a cada semana.

A oferta da manga tommy atkins está aumentando na região de Monte Alto e Taquaritinga (SP). De acordo com produtores, a produção da fruta deve ser elevada em novembro. O volume de manga destinado à indústria de polpa deve crescer a partir de meados de novembro, uma vez que a fruta deverá estar com grau de maturação ideal para esse segmento.

Minas Gerais ainda conta com boa produtividade de cenoura, cenário que deve persistir até dezembro. Assim, pouco deve mudar as cotações da cenoura durante o mês de novembro.