segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Chuva reduz, mas ainda limita colheita e deprecia qualidade

As chuvas continuaram na última semana em algumas regiões produtoras de frutas e hortaliças, mas com menos intensidade das que ocorreram ao longo do mês de janeiro. O clima úmido, para alguns, foi benéfico, enquanto para outros, agravou o problema com doenças.

O principal entrave das chuvas é o acesso às roças, que limitou a colheita principalmente de batata e cenoura. Além das atividades de campo comprometidas, a batata acaba perdendo qualidade com a umidade em excesso.

Nas roças de cebola, produtores ainda enfrentam problemas com bico d’água por causa das chuvas em Ituporanga (SC). Já em São José do Norte (RS), o clima seco colaborou para a grande produção na região, mas algumas mercadorias estão sendo armazenadas em condições inadequadas, depreciando a qualidade dos bulbos.

O Nordeste também recebeu chuvas na última semana, reduzindo a colheita nas roças de melão e sustentando os preços no mercado doméstico.

O clima foi um pouco mais benéfico para algumas hortifrutis do estado de São Paulo, como no caso da laranja. O clima mais firme possibilitou o produtor a intensificar a colheita, tornando a oferta maior de laranjas no mercado.

Além das sucessivas chuvas, as temperaturas também estão elevadas. O tempo quente tem aumentado a oferta de mamão nas roças do Espírito Santo e sul da Bahia, pois o calor possibilita uma maturação mais rápida do produto nas roças.

Quanto ao comércio, no geral, as vendas de produtos hortifrutícolas foram calmas, considerando o período de fim-de-mês, época de poucas vendas. A tendência é que nas próximas duas semanas o comércio tome ritmo novamente, já que muitos consumidores deverão receber salários, impulsionando o comércio de hortifrutícolas.

Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Chuva reforça aumento de doenças nos HF


O excesso de chuva ocorrido nas últimas semanas, intercalado com o forte calor, acaba influenciando diretamente na qualidade das frutas e hortaliças. Com isso, alguns hortifrutícolas acabaram perdendo valor no mercado.

Além do excesso de oferta de batata devido às intensas atividades de colheita no Sul de Minas e no Paraná, a batata está com aspecto escurecido devido à elevada umidade. Mesmo com preços pouco remuneradores, produtores continuam colhendo, pois a batata já chegou ao final do ciclo e, se continuar na terra, pode ser até descartada.

Em Ituporanga (SC) e Irati (PR), regiões produtoras de cebola, as chuvas prejudicaram ainda mais a qualidade dos bulbos que ainda estavam na roça, agravando o problema com bico d'água. Assim, o descarte no beneficiamento está elevado.

As altas temperaturas possibilitaram uma maturação mais rápida do tomate na última semana. Como conseqüência, o volume no mercado aumentou e pressionou as cotações. A previsão para as regiões de tomate é que o clima nesta semana continue com sol e chuva, agravando o problema da baixa qualidade do fruto.

As frutas também têm sentido os efeitos do atual clima, sobretudo no estado de São Paulo. As uvas finas de São Miguel Arcanjo e Pilar do Sul (SP) estão com brix abaixo ideal e, para as uvas rústicas, a chuva tem causado rachar de bagas. Para a manga, a chuva colaborou para a incidência de antracnose e mancha angular em Monte Alto e Taquaritinga (SP).

Prejuízo em Nova Friburgo ainda é incerto

Após as enchentes na Região Serrana do Rio de Janeiro, ainda não se sabe estimar o prejuízo nas roças de tomate de Nova Friburgo (RJ).

Segundo colaboradores do Cepea, em algumas lavouras que não foram atingidas pela chuva já foi possível comercializar os frutos para o atacado fluminense, pois algumas estradas já foram liberadas.

A falta de energia e mão-de-obra nas roças são outros problemas ainda enfrentados pelos tomaticultores.

Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Tomate valoriza 60% com enchentes no Rio de Janeiro


Nova Friburgo, localizada na Região Serrana do Rio de Janeiro e onde é época de colheita de tomate, é uma das regiões mais afetadas pelas enchentes. Porém, ainda não se tem informações precisas do prejuízo nas roças, mas comenta-se que algumas fazendas chegaram a ser alagadas na região.

Sabe-se, até o momento, que não há transporte de mercadoria por conta das estradas bloqueadas e está difícil a comunicação com tomaticultores. No atacado carioca, quase não houve entrada de mercadoria fluminense na última semana, sendo, então, boa parte da entrada proveniente de São Paulo.

Com esses contratempos, na semana passada (10 a 14/01) a caixa do tomate no atacado do Rio de Janeiro (capital) valorizou 63% frente à semana anterior, ficando na média de R$ 43,25/cx de 22 kg.

Não só a comercialização de tomate foi prejudicada, mas praticamente todos os comerciantes de hortifrutícolas enfrentaram dificuldades com as fortes chuvas dos últimos dias.

Na Ceagesp, os maiores contratempos ocorreram na última terça-feira, 11, quando as vias de acesso ao atacado ficaram comprometidas com os alagamentos e a água invadiu partes da ceasa. Nesse mesmo dia, houve atraso na abertura da Ceagesp, que voltou a operar apenas no período da tarde. As maiores perdas foram verificadas para melancia e abacaxi. Para os produtos-alvo da Hortifruti Brasil, ainda não há relatos de perdas significativas.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

ALERTA: Chuva traz problemas e atrasa mercado na Ceagesp

As chuvas voltaram a trazer problemas para a cidade de São Paulo nesta terça-feira, 11. Houve inundações nos arredores da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), impedindo o acesso e atrasando a abertura do mercado.

Conforme atacadistas consultados hoje pelo Hortifruti/Cepea, as atividades na ceasa foram normalizadas a partir das 10h, atrasando a comercialização de produtos como batata e tomate. Por enquanto, não foram reportados prejuízos nos boxes que comercializam esses produtos.

Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Mercado da uva aquece no fim do ano, mas com oferta limitada

Durante as festas de fim de ano, o mercado da uva esteve bastante movimentado, e só não foi melhor pois a oferta esteve controlada principalmente nas regiões produtoras do Paraná e de São Paulo.

Nas regiões paranaenses, (Marialva e norte do estado), a maior demanda pela fruta nas duas últimas semanas de 2010 elevou as cotações das uvas finas. Outro fator que favoreceu a alta no preço das frutas foi a baixa oferta, principalmente na última semana do ano, por conta do adiantamento da safra. A safra adiantou, segundo produtores, devido às podas antecipadas e ao clima mais seco, com maior luminosidade durante o desenvolvimento dos frutos.

Já em São Paulo, no fim de 2010 teve início a safra de uvas finas e rústica em São Miguel Arcanjo e uvas finas em Pilar do Sul (SP). O volume colhido ainda foi bem reduzido e, além disso, alguns lotes foram comercializados com o brix abaixo do ideal. Tanto no Paraná quanto em São Paulo o volume de uva no mercado deve continuar limitado.

De um modo geral, para esta semana, deve haver um bom volume de batata e tomate no mercado. Para a batata, o Sul de Minas e Guarapuava (PR) estão intensificando a safra, enquanto para tomate, o forte calor deve acelerar a maturação dos frutos. Para as frutas, de um modo geral, o mercado deve ser calmo, sem grande movimentação no comércio.

Envio das Seções Eletrônicas retorna hoje

A Seção Eletrônica, boletim semanal de preços dos 11 produtos-alvo da Hortifruti Brasil, volta a ser enviada hoje aos cadastrados em nossa comunidade.

A Equipe Hortifruti/Cepea esteve de férias durante as semanas do Natal e Ano Novo, paralisando nesse período o levantamento de preços dos 11 hortifrutícolas-alvo da Hortifruti Brasil.

Você que ainda não recebe a Seção Eletrônica e tem interesse em receber nossos preços toda segunda-feira em seu e-mail, faça um cadastro gratuito em nossa comunidade clicando aqui.

Além dos boletins semanais, é possível também receber a revista Hortifruti Brasil eletrônica (em formato PDF) e na íntegra, por volta do dia 5 de cada mês.

Toda a equipe Hortifruti Brasil deseja à todo um ótimo 2011!

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil