segunda-feira, 27 de maio de 2013

Tomate: Chove nas roças, mas aumento de oferta pode “frear” preço

A semana será chuvosa em todas as regiões produtoras de tomate que colhem no momento, conforme previsão da Somar Meteorologia. Dentre as praças, estão as paulistas Sumaré e Mogi Guaçu, as capixabas Paty do Alferes e Venda Nova do Imigrante, Araguari (MG) e Chapada Diamantina (BA).

O maior volume de chuva deve ocorrer nas regiões tomaticultoras do Norte do Paraná, com acumulados de 135 mm até sexta-feira, 1°/06. Com a umidade, os preços do tomate talvez não subam tanto, visto que a colheita tem aumentado nas regiões citadas.

Os estados do Sul já começaram a semana com muitas nuvens e chuva, especialmente no Paraná e Santa Catarina, conforme indica a Somar. A passagem de uma frente fria é a responsável por trazer bons volumes de chuva pelo menos até quarta-feira. Já a partir de quinta, é a vez de uma massa de ar polar avançar sobre o Sul, baixando ainda mais as temperaturas, com risco de ocorrência de geadas.

Manga: Irrigação pode retornar em Livramento de Nossa Senhora

Mesmo com a longa estiagem, produtores de manga de Livramento de Nossa Senhora (BA) estão com melhores expectativas para o segundo semestre. Isto porque, no próximo mês, a região terá um dia por semana liberado para irrigação dos pomares, prática que não era realizada desde novembro. Isso gera expectativas de que haja uma colheita de manga mais razoável no segundo semestre.

Mamão: Mosaico volta a causar preocupação no ES

O mosaico voltou a causar preocupação na mamonicultura do Espírito Santo. O mosaico não é erradicado por completo, apresentando períodos de baixa e alta infestação. A doença é uma das mais severas do mamão, pois, uma vez infectada, não há uma maneira de curar a planta. Assim, o único meio de eliminá-la é através do corte dos pés infectados (roguing).

Assim, tem havido uma preocupação por parte dos produtores em erradicar as plantas infectadas, o que ocorreu nas últimas semanas. Dessa forma, a presença atual do mosaico na mamonicultura no estado pode reduzir. Embora esteja causando preocupação nas roças, a ocorrência do vírus não é unanimidade nas propriedades do ES.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Preço da batata chega a R$ 200,00 nos atacados do RJ e BH



O Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba está prestes a encerrar a safra das águas 2012/13 de batata. Com isso, os preços do tubérculo alcançaram novos patamares de preços na última semana. Com a pouca oferta presente na região, alguns atacadistas de Belo Horizonte (MG) e do Rio de Janeiro (RJ) chegaram a comercializar a saca de 50 kg por até R$ 200,00.

No atacado de São Paulo (Ceagesp), os preços da batata também estiveram mais elevados nos últimos dias. No entanto, a principal causa foram as chuvas no Sul do País, que limitaram a colheita em praças como Água Doce (SC) e Guarapuava (PR). Na média da semana passada (13 a 17), o preço da batata ágata especial ficou em R$ 134,77/sc de 50 kg na Ceagesp, aumento de 15,9% sobre a média da semana anterior.

Tudo indica que os preços em SP continuarão firmes nesta semana, uma vez que uma nova frente fria deve chegar ao Sul nos próximos dias - a maior parte da oferta de batata no estado de São Paulo está sendo suprida pelo Sul. Além disso, os poucos produtores que ainda colhem no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba devem finalizar a colheita nos próximos dias, contribuindo ainda mais para a menor oferta nacional.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Cebola: Cresce importação da Argentina; Vale inicia colheita



Com o aumento das importações de cebola provenientes da Argentina, os preços na fronteira estão caindo. As cotações em Porto Xavier (RS) na média da semana passada ficaram em R$ 37,00/sc de 20 kg, queda de 2,6% em relação à da anterior.
 
Além da entrada de bulbos do país vizinho no mercado nacional, algumas regiões brasileiras estão iniciando a colheita, como o Vale do São Francisco, incrementando para a oferta doméstica. O pico da safra das regiões nordestinas deve ocorrer entre junho e julho, quando os preços podem cair ainda mais, já que outras regiões brasileiras também irão ofertar o produto.
A Europa também tem aumentado os envios de cebola ao Brasil. Em abril, o volume totalizou um pouco mais de 16 mil toneladas, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Entretanto, nestas últimas semanas, os bulbos vindos da Europa estão com baixa saída nos mercados, segundo atacadistas, por conta da baixa qualidade.
 
Importações de uva também são maiores

Além de
cebolas, o Brasil tem importado bons volumes de uva, especialmente do Chile. Somente no mês de abril, os chilenos enviaram 6,8 mil toneladas ao Brasil, segundo a Secex, volume que corresponde a mais da metade do volume total enviado pelo Chile, contabilizando os quatro meses deste ano.


O aumento dos envios chilenos pode ter ocorrido devido à greve que aconteceu nos portos chilenos em meados de abril, fazendo com que a produção de
uva fosse escoada para um destino mais próximo ao país. Outro fator que tem contribuído para maior oferta no Brasil são os pequenos volumes enviados pelos argentinos. No mês de abril, por exemplo, a Argentina enviou apenas 610 toneladas de uva ao Brasil, o menor volume enviado pelo país neste ano. Diante desse cenário, o Chile pode aproveitar essa menor oferta dos argentinos para continuar a enviar um maior volume ao mercado brasileiro.
 
Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Edição de maio: É viável continuar na citricultura?



Em 2012, a citricultura paulista vivenciou um de seus piores anos devido à baixa rentabilidade e o aumento da incidência de greening (HLB) nos pomares, o que levou milhares de produtores a abandonar a cultura. Esse é o foco do quinto Especial Citros publicado pela Hortifruti Brasil na edição de maio, que mostra também os desafios para melhorar a sustentabilidade do setor. 
 
Os analistas de mercado da Hortifruti Brasil também levantaram os principais acontecimentos do mercado de 12 frutas e hortaliças, que você pode conferir nas Seções de cada produto a partir da página 28.

 
 A edição de maio já está disponível na página da Hortifruti Brasil

Atenciosamente,
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 6 de maio de 2013

“Frutas da época” começam a atrapalhar vendas de banana


O maior consumo de “frutas da época”, como a tangerina poncã, tem reduzido o consumo de outras frutas, como a banana. Produtores do Vale do Ribeira (SP) já observaram a redução na procura pela banana. Isso porque as frutas de época são mais baratas do que as que estão disponíveis no mercado praticamente o ano todo.

Mesmo com a baixa demanda pela banana, não há uma grande oferta nas roças, o que tem mantido as vendas desta fruta em ritmo razoável.

Quanto à tangerina poncã, a safra iniciou em abril, e os preços estão relativamente altos se comparados com os do mesmo período do ano passado. A redução no número de árvores de poncã de 2012 para cá foi um dos fatores que tem permitido preços mais altos ao produtor.

Batata: preço em abril é o segundo maior desde 2001 

O preço médio da batata em abril foi de R$ 113,64/sc de 50 kg, o maior da série de preços nominais coletada pelo Hortifruti/Cepea desde 2001. A cotação recorde foi praticada no mesmo mês de abril, mas em 2010, quando na ocasião o preço foi de R$ 115,41.

Com a redução de área e produtividade em diversas regiões, os preços da batata têm se elevado mês a mês desde o início do ano. Uma das principais regiões responsáveis pelo aumento das cotações da batata é a Chapada Diamantina (BA), que reduziu área devido à seca e, com isso, passou a demandar grande quantidade de outras regiões. 

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil