sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Menor demanda por frango e iogurte no Nordeste afeta vendas de... melão! Entenda o por quê


 
A falta de caminhões para o transporte de melões tem sido assunto frequente no Nordeste do País. A crise econômica pode ser apontada como um dos principais fatores para este cenário. Isso porque, além dos preços elevados de combustíveis e pedágios, que acabam tornando o transporte de melões pouco atrativo para caminhoneiros, o desaquecimento do mercado brasileiro reflete diretamente na demanda de produtos, como o iogurte e o frango.

Estes produtos são enviados ao Nordeste por meio de caminhões refrigerados que transportam, na volta (frete de retorno), os melões para o Sudeste e Sul. Assim, a menor demanda por iogurte e produtos refrigerados faz com que menos caminhões cheguem ao Nordeste, distribuindo, consequentemente, menos frutas para demais regiões do País. 



Gosta de caipirinha? Então prepare seu bolso!

A lima ácida tahiti tem sido negociada no mercado paulista a valores recordes. Neste mês, o preço da caixa de 27 kg registrou média de R$ 79,71, o maior patamar nominal da série história do Cepea, iniciada em 1996. O Cepea chegou a coletar negócios a R$ 120,00/cx de 27 kg em outubro.

Apesar dos valores recordes, poucos são os produtores que conseguem aproveitar este bom momento, já que a maior parte desses agentes já finalizou a colheita e/ou detém baixo volume para comercialização. Ainda assim, o comentário de agentes do setor é que os preços de venda da tahiti (considerando-se a média parcial deste ano, até outubro) superem os custos médios de produção.

O impulso para as fortes altas nas cotações da tahiti vem da entressafra no estado de São Paulo, principal produtor da fruta do Brasil. Apesar de ser comum a redução da oferta neste período, desde o ano passado observa-se que a disponibilidade da fruta neste período é ainda menor que o usual – principalmente devido a fatores climáticos.

Equipe Hortifruti Brasil

 

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

800 mil pés de tomate são perdidos com granizo em Sumaré

 
Ocorreu granizo na região de Sumaré (SP) na quinta feira (22), que comprometeu boa parte da produção de tomate da segunda parte da temporada de inverno. Segundo relatos dos produtores, a princípio 800 mil dos 2 milhões de pés correspondentes à segunda parte da safra foram perdidos (40% do total cultivado no período), trazendo prejuízo para quase todos os produtores da região.

A maior parte dos produtores da região possui algum tipo de seguro para produção, mas, mesmo assim, estão desestimulados para novos investimentos.

Produtores indicam que haverá uma redução de cerca de 10 caminhões de tomate ofertados por dia devido ao ocorrido, fazendo com que a oferta em Sumaré fique comprometida até o fim safra, em dezembro. Produtores que não tiveram sua produção afetada pelo granizo e têm produção para vender podem se beneficiar com melhores preços, mas consumidores terão que arcar com preços mais altos nas gôndolas.

Proibição de Paraquat preocupa produtores de banana

Um dos assuntos bastante comentados na mídia nesta foi a proibição do Paraquat pela Anvisa, um herbicida que é amplamente utilizado na agricultura brasileira, inclusive na produção de hortifrutícolas. Segundo alguns estudos, o contato com este produto traz prejuízos à saúde.

Alguns produtores de banana foram consultados pelo Cepea para comentar sobre a proibição do herbicida. Alguns deles estão preocupados com a possível proibição. Segundo eles, o herbicida não tem um substituto único. Dessa forma, teria que ser substituído por uma série de outros produtos.

Isso acarretaria em um aumento no custo de produção. Vale ressaltar que, em 2015, outros fatores já estão elevando o custo de produção no setor de HF, como a elevada taxa de câmbio e a alta nos preços dos combustíveis e da energia elétrica.
 
Equipe Hortifruti Brasil


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Edição de outubro: Especial Batata

Trazemos na edição de outubro mais uma edição de custo de produção da batata, avaliado em face da crise econômica/fiscal e política que o País atravessa. Para esta edição, a HF Brasil fez a análise comparativa de duas escalas de produção em Vargem Grande do Sul (SP) (100 e 350 hectares) e de outras duas no Sul de Minas (8 hectares na safra das águas com 20 hectares na safra de inverno).

No balanço, a perspectiva é que os custos de produção na bataticultura se mantenham elevados em 2016 diante do aumento do dólar, da energia elétrica e do combustível. Neste Especial Batata, a HF Brasil sugere alternativas para que a atividade seja sustentável.

Também trazemos nesta edição as informações atualizadas do setor de frutas e hortaliças. Leia a edição de outubro na íntegra na página da HF Brasil em
www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil.

Atenciosamente,
Equipe Hortifruti Brasil 

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Racionamento de água no Vale do São Francisco é adiado para fim de novembro

Reservatório de Sobradinho / Foto: Divulgação
O racionamento de água no Vale do São Francisco (BA/PE), previsto para acontecer a partir do final deste mês, foi suspenso, segundo nota divulgada pelo Distrito de Irrigação Nilo Coelho (DINC) na última semana.

O aumento da vazão da barragem Três Marias para 500 m3/s desde o 28 de setembro possibilitará a manutenção dos níveis toleráveis para captação no reservatório de Sobradinho, o que permite, então, que a água não seja racionada por ora. Além disso, a previsão do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é de que Sobradinho, o principal reservatório baiano, atingirá a cota de 380,8 metros em 30 de novembro, sendo este volume suficiente para que ocorram operações de captação.

Assim, produtores do Vale do São Francisco poderão continuar, pelo menos até novembro, com as atividades de irrigação na fruticultura. De qualquer forma, continua o alerta quanto ao uso de água na região: até o final da semana passada, o reservatório de Sobradinho contava apenas com 7,2% do seu volume útil.

A possibilidade de racionamento preocupava os produtores de fruta da região, que poderiam ter a produção prejudicada. No caso do melão, por exemplo, apesar de não terem que racionar água, produtores já têm dificuldade para irrigar a cultura, de modo que a área destinada ao plantio da fruta já é menor.

Por Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Clima eleva preço da batata, mas pressiona o de tomate

 
Os preços da batata aumentaram na semana passada por conta das chuvas intensas, que desaceleraram a colheita principalmente nas regiões do Sul de Minas e Vargem Grande do Sul (SP). Na média semanal, o tubérculo foi comercializado na Ceagesp a R$ 76,07/sc de 50 kg, aumento de 20,82% sobre a semana anterior.

As precipitações devem continuar interferindo nas atividades de campo nesta semana, uma vez que as previsões indicam mais uma semana chuvosa nas roças. Nas regiões paulistas – Vargem Grande do Sul e Sudoeste Paulista – pode chover acima de 40 mm, enquanto no Sul de Minas pode superar os 61 mm. Até em regiões onde a seca ainda predominava, como na Chapada Diamantina, também pode chover, mas em volume bem menor, de 7 mm.

Além de interferir na colheita, o clima chuvoso também tem afetado o plantio nas regiões de Água Doce (SC) e Bom Jesus (RS). Produtores dessas praças já estimam atraso de 15 dias nos trabalhos e, se as chuvas persistirem em outubro, pode haver alteração no calendário de colheita.

Já no caso do tomate, o cenário foi um pouco diferente. As elevadas temperaturas nas roças permitiram uma maturação avançada do produto, aumentando a oferta no mercado. Com isso, houve redução de 44% nas cotações do tomate salada 2A, que foi negociado a R$ 23,60/cx de 22 kg na Ceagesp. Além de aumentar a oferta, o tempo quente acabou reduzindo a qualidade do tomate.

Assim como nas lavouras de batata, também pode chover nas de tomate nos próximos dias em Mogi Guaçu e Sumaré (SP), norte do Paraná, Venda Nova do Imigrante (ES), São José de Ubá e Paty do Alferes (RJ) e também na Chapada Diamantina, ainda que nesta última região de forma menos intensa.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil