2016 é o ano das Olimpíadas no Brasil e também dos hortifrutícolas! Os preços de algumas frutas e hortaliças acompanhadas pelo Hortifruti/Cepea atingiram patamar recorde na última semana de fevereiro (22 a 26). Frutas como a banana prata (que já havia batido recorde em janeiro), melão amarelo, uva itália, mamão havaí e formosa e, no time das hortaliças, a cenoura, são as culturas que encerram o mês de fevereiro bem mais caras.
Um dos destaques é a banana prata do Norte de Minas Gerais (onde o valor foi o mais alto da série histórica do Cepea), região com pouca fruta disponível. Na última semana, o valor médio foi de R$ 2,40 para a prata mineira, a maior cotação semanal desde 2001. Este está sendo um ano atípico aos mineiros por conta da seca que atingiu o perímetro no ano passado. Mas o consumidor deverá estar com o bolso preparado pois, até a metade deste ano, o cenário da prata na região deve continuar semelhante: preços altos e baixo volume de frutas.
Um dos destaques é a banana prata do Norte de Minas Gerais (onde o valor foi o mais alto da série histórica do Cepea), região com pouca fruta disponível. Na última semana, o valor médio foi de R$ 2,40 para a prata mineira, a maior cotação semanal desde 2001. Este está sendo um ano atípico aos mineiros por conta da seca que atingiu o perímetro no ano passado. Mas o consumidor deverá estar com o bolso preparado pois, até a metade deste ano, o cenário da prata na região deve continuar semelhante: preços altos e baixo volume de frutas.
Também com oferta reduzida, o melão amarelo é outro recordista. Produtores do Vale do São Francisco praticamente não negociaram com atacadistas da Ceagesp e a disponibilidade na praça produtora do RN/CE também está limitada. De 22 a 26 fevereiro, o melão amarelo tipo 6 e 7 foi cotado por R$ 39,60/cx de 13 kg, apresentando aumento de 37% frente à semana anterior. Este é o maior valor semanal nominal de toda a série do Hortifruti/Cepea, que teve início em 2001.
Afetada por perdas na produção por conta de ações climáticas, a viticultura paulista fechou o segundo mês de 2016 com números significativos. Em Pilar do Sul, o preço médio do quilo da uva itália foi de R$ 6,16 e, em São Miguel Arcanjo, de R$ 5,31, os maiores valores desde 2001.
Para o mamão, ambas as variedades – formosa e havaí – bateram recorde nominal na série histórica do Cepea, também iniciada em 2001. No final de 2015, houve estiagem nas regiões produtoras, fazendo com que o abortamento de flores aumentasse muito. Essas floradas que foram perdidas eram para serem colhidas em fevereiro/março. Além disso, com a altas temperaturas, a perda foi intensificada. Como o volume deve se manter baixo nas próximas semanas, os preços também devem se manter elevados, podendo bater novos recordes.
Das hortaliças, apenas a cenoura obteve o melhor resultado na última semana de fevereiro, considerando a série histórica do Cepea, iniciada em 2008. Um dos motivos da menor oferta é que lavouras de São Gotardo, Santa Juliana e Uberaba (MG), os descartes causados pelas chuvas nas últimas semanas chegaram a mais de 40% em certos lotes, uma vez que muitas raízes estiveram bifurcadas. A caixa de cenoura “suja” esteve a R$ 70,00 na Ceagesp na última semana, leve aumento de 2,4%.
Ao que tudo indica, os hortifrutícolas devem continuar com preços elevados em março. Vale destacar que, mesmo que os valores tenham sido históricos, a margem de ganho dos produtores não tem sido tão elevada, visto o aumento generalizados dos custos, como dos insumos, energia elétrica e combustível.
Obs: Os valores mencionados acima são todos em termos nominais, ou seja, sem contar a inflação acumulada dos períodos.
Por Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil