Mesmo com chuvas mais frequentes desde novembro no
Nordeste, ainda são necessários maiores volumes de precipitações para compensar
o longo período de seca. Em Livramento de Nossa Senhora (BA), onde há produção
de manga palmer, um pouco mais de 100 mm de chuva foi registrado em
novembro, segundo a Tempo Agora.
Produtores de manga
ainda não iniciaram os tratos culturais para a safra do próximo ano, uma vez
que a aplicação de indutores florais depende de boa quantidade de água
disponível. Em alguns pomares de palmer,
já foram observadas floração espontânea. Porém, mangicultores de Livramento de
Nossa Senhora ainda não conseguem estimar qual será exatamente o período de
colheita do primeiro semestre de 2013. Quanto ao volume, as expectativas são de
baixa produção justamente pela falta de água.
Com o clima seco nos últimos meses,
produtores de batata do Sul de Minas
Gerais devem iniciar a safra das águas mais ao final do ano, ou seja, com cerca
de 20 dias de atraso. O volume de batata
ofertado pelo sul mineiro, que normalmente é de 20% em dezembro, deverá ser de
apenas 5%.
O período de estiagem nos pomares de laranja de São Paulo poderá impactar na
produção da safra 2013/14 (julho-13/junho-14). Em quase todas as regiões produtoras de laranja, a abertura das flores foi seguida por períodos de sol intenso
e pouca chuva, o que prejudicou o “pegamento” da florada. Nos pomares que
contaram com irrigação, os impactos foram minimizados, havendo “pegamento” de
boa parte da florada, mas, mesmo nestas propriedades, citricultores acreditam
que dificilmente a produção superará a de 2012/13.
Além de questões climáticas, a diminuição
dos tratos culturais em virtude da baixa remuneração neste ano também poderá
acarretar em menor produção de laranja
na próxima temporada.
Chuva intensa traz prejuízos à
viticultura paulista
Em contraste com algumas regiões
produtoras de frutas e hortaliças necessitando de maior volume hídrico, algumas
áreas produtoras de uva no estado de
São Paulo receberam chuvas intensas na última semana, trazendo prejuízos. Isso
porque muitos produtores estão se preparando para a colheita da fruta com o
intuito de ofertá-la para as festas de fim de ano, período de consumo aquecido
de uva.
Na região de Jundiaí, por exemplo, pancadas de chuva
chegaram a rachar as bagas, fazendo com que alguns produtores perdessem quase todo
o parreiral. Por enquanto, os prejuízos dos viticultores paulistas ainda não
foram contabilizados.
Daiana
Braga – Equipe Hortifruti Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário