Preço da batata ultrapassa R$ 100,00 nas roças
As chuvas no feriado de Carnaval e que continuam hoje interferiram na colheita de batata. Produtores de Água Doce (RS) e Guarapuava (PR) nem chegaram a colher nesta quarta-feira. O Sul de Minas Gerais está terminando a safra e, o Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba não está conseguindo abastecer sozinho o mercado.
Com o cenário de pouca batata no mercado, os preços ficaram acima dos R$ 100,00 nesta quarta. Enquanto no Triângulo Mineiro o preço médio está a R$ 100,00/sc, produtores do sul mineiro chegaram a negociar o tubérculo por até R$ 110,00/sc – na última sexta-feira, essas regiões negociaram a R$ 70,00/sc e a R$ 85,00/sc, respectivamente.
Após recorde no ano, preço do tomate recua após Carnaval
O preço do tomate tem subido significativamente desde meados de fevereiro, já que os frutos maturaram muito rápido por conta do forte calor presente em todas as roças. Na última semana, inclusive, as cotações do tomate foram recordes do ano. Na última sexta-feira, 28, o tomate salada 2A foi negociado na Ceagesp a 83,57/cx de 18 kg.
No decorrer do Carnaval, no entanto, a comercialização do tomate foi considerada fraca, refletindo em preços mais baixos. Nesta quarta-feira de Cinzas, o preço médio do tomate salada 2A negociado na Ceagesp caiu para a média de R$ 67,00/cx. A expectativa é que o preço do tomate volte a subir, até porque as chuvas devem contribuir para “segurar” a oferta do tomate nas roças, além de não ter grandes volumes do fruto nas roças para ser colhido.
Mamão: Norte de MG e sul da BA em “pescoço”
Nesta quarta-feira de Cinzas, também está chovendo em praticamente todas as regiões produtoras de mamão – norte de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. O clima, por mais que seja benéfico, interfere um pouco no andamento das atividades de colheita. De qualquer forma, o norte mineiro e o sul baiano estão em período de “pescoço” (quando uma parte do pé de mamão fica sem frutas para colher, formando um pescoço, por conta de influências climáticas).
No Espírito Santo é onde se concentra a maior oferta de mamão no momento. Nesta praça, há relatos de mancha-chocolate nas frutas, uma vez que as fortes chuvas de dezembro/13 atrapalharam as pulverizações. Em Linhares, cerca de 35% das roças estão apresentando mancha-chocolate. Apenas produtores que têm frutas de boa qualidade conseguem preços melhores. Por enquanto, os valores praticados nesta quarta-feira estiveram em torno de R$ 0,40/kg tanto para o havaí quanto para o formosa, considerados pouco remuneradores.
Chuva prejudica uvas finas de São Miguel Arcanjo
Produtores de uva de São Miguel Arcanjo (SP) também relataram problemas causados com a chuva durante o Carnaval. A umidade tem causado rachaduras e podridão em alguns parreirais de uvas finas. Quanto à variedade niagara também produzida na região, esta não chegou a ser afetada pelas precipitações.
Com isso, produtores da praça paulista tem acelerado a colheita de uvas, com o intuito de reduzir as perdas.
Clima antecipa colheita de banana
Há pouca oferta de bananas prata e nanica no mercado. Isso porque o forte calor em janeiro e fevereiro causou rápida maturação da fruta, antecipando o calendário de colheita. O resultado disso foi a baixa oferta neste início de março.
Na última semana, a banana nanica foi comercializada na Ceagesp por R$ 22,75/cx de 20 kg, aumento de 9% sobre a semana anterior. Já a prata ficou estável, a R$ 50,67/cx.
Nas próximas semanas, a expectativa é que os preços, sobretudo da nanica, subam mais. O aumento da oferta desta variedade deve ocorrer apenas daqui a dois meses, enquanto, o de prata, em maio.
Por Daiana Braga – Colaboração: Amanda Rodrigues da Silva, Lucas Conceição Araújo, Felipe Vitti e Júlia Garcia
Equipe HF Brasil
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