Comemorem, bananicultores! Com a maioria das escolas voltando às aulas nesta semana, tudo indica que as vendas de bananas podem se aquecer. As escolas, que são importantes compradoras de banana, devem voltar a demandar fruta do atacado.
Produtores esperam que as primeiras duas semanas do mês sejam de boas vendas. Isso porque essa é a época que geralmente os consumidores recebem seus salários e a demanda por frutas aumenta. Em julho, as vendas da fruta estiveram abaixo da média nos boxes da Ceagesp, conforme atacadistas informaram ao Hortifruti/Cepea. Com as temperaturas mais baixas e as chuvas ocorridas mais ao início de julho, as visitas à ceasa reduziram.
Na primeira semana de agosto, já houve valorização da banana. Em Bom Jesus da Lapa (BA), o preço médio do quilo da nanica foi de R$ 0,70, aumento expressivo de 56%. No Norte de Minas Gerais, a valorização foi de 20%, com a fruta negociada a R$ 0,60/kg. Na Ceagesp, atacadistas venderam a nanica na média de R$ 23,00/cx de 23 kg, aumento de 4% sobre a semana anterior.
Seca muda estratégia de fruticultores no Nordeste
A grave falta de chuva no Nordeste tem causados mudanças na estratégia de cultivo e problemas na produção de frutas na região. Alguns produtores de melão, que deixaram de cultivar a fruta durante o período de entressafra na Chapada do Apodi (RN)/Baixo Jaguaribe (CE), voltaram a colher o melão na semana passada. Em função da escassez hídrica, produtores priorizarão os trabalhos com melão amarelo e, caso o clima seja favorável (tempo seco), seguirão com o cultivo das demais variedades da fruta. Até o momento, porém, não há relatos de recuo na área destinada ao na região.
No caso da uva, a seca pode afetar a safra do segundo semestre do Vale do São Francisco (BA/PE). Produtores disseram que os parreirais de algumas propriedades já estão sendo afetados com a falta de água para irrigação. O principal problema está na captação de água do lago Sobradinho, uma vez que seu volume útil está reduzido (estava com 16,7% do nível preenchido com água no último final de semana) e pode se esgotar em setembro caso não chova mais até lá, podendo afetar a produtividade da região. Além disso, a escassez de água já está causando problemas fitossanitários, como o aparecimento de ácaros nas parreiras.
Se por um lado a seca tem tirado o sono de muito produtor, para outros, a falta de chuva pode ser até um aliado. O clima nas duas regiões ofertantes de melancia atualmente, Uruana (GO) e Lagoa da Confusão/Formoso do Araguaia (TO), deve ajudar no desenvolvimento da melancia nesta semana. Isso porque a previsão é de calor, chegando a superar os 35°C nos próximos sete dias (1° a 7 de agosto), segundo a Somar Meteorologia. As noites, por sua vez, podem ser um pouco mais frias, as quais não devem ser suficientes para inibir o desenvolvimento das plantas.
Por Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil
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