A falta de caminhões para o transporte de melões tem sido assunto frequente no Nordeste do País. A crise econômica pode ser apontada como um dos principais fatores para este cenário. Isso porque, além dos preços elevados de combustíveis e pedágios, que acabam tornando o transporte de melões pouco atrativo para caminhoneiros, o desaquecimento do mercado brasileiro reflete diretamente na demanda de produtos, como o iogurte e o frango.
Estes produtos são enviados ao Nordeste por meio de caminhões refrigerados que transportam, na volta (frete de retorno), os melões para o Sudeste e Sul. Assim, a menor demanda por iogurte e produtos refrigerados faz com que menos caminhões cheguem ao Nordeste, distribuindo, consequentemente, menos frutas para demais regiões do País.
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A lima ácida tahiti tem sido negociada no mercado paulista a valores recordes. Neste mês, o preço da caixa de 27 kg registrou média de R$ 79,71, o maior patamar nominal da série história do Cepea, iniciada em 1996. O Cepea chegou a coletar negócios a R$ 120,00/cx de 27 kg em outubro.
Apesar dos valores recordes, poucos são os produtores que conseguem aproveitar este bom momento, já que a maior parte desses agentes já finalizou a colheita e/ou detém baixo volume para comercialização. Ainda assim, o comentário de agentes do setor é que os preços de venda da tahiti (considerando-se a média parcial deste ano, até outubro) superem os custos médios de produção.
O impulso para as fortes altas nas cotações da tahiti vem da entressafra no estado de São Paulo, principal produtor da fruta do Brasil. Apesar de ser comum a redução da oferta neste período, desde o ano passado observa-se que a disponibilidade da fruta neste período é ainda menor que o usual – principalmente devido a fatores climáticos.
Equipe Hortifruti Brasil
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