sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Nota de Esclarecimento Citros/Cepea

Face ao uso dos valores da laranja indústria do Cepea para o Leilão de Pepro, esclareceremos:

O Cepea, instituição de pesquisa da Universidade de São Paulo, não tem a responsabilidade de definir prêmios de quaisquer leilões de subvenção do Governo Federal. Cabe à Conab – Companhia Nacional de Abastecimento - tal definição.

Desde outubro de 1994, o Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, pesquisa e divulga diariamente preços da laranja negociada entre produtores e indústria. Os preços divulgados em nosso site (
www.cepea.esalq.usp.br) referem-se à média aritmética simples e têm o propósito se servir como “média” ou referência do mercado.

O Cepea está à disposição da Companhia para apoiá-la na definição da metodologia do prêmio da citricultura com todo o conteúdo que reunimos em nossas pesquisas ao longo de 20 anos.

Atenciosamente,
Margarete BoteonProfessora Esalq/USP; Coordenadora do Projeto Citros/Cepea

Fernanda Geraldini
Caroline Lorenzi
Larissa Pagliuca
Equipe Citros CEPEA/ESALQ - USP
www.cepea.esalq.usp.br/citros
hfcitros@usp.br
Fone:(19)3429-8807

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Preço da batata e do tomate está abaixo do custo de produção

Dois dos principais produtos que não faltam na mesa do consumidor, batata e tomate, estão com preços significativamente baixos. Devido às altas temperaturas nas lavouras de tomate, sobretudo em Araguari (MG), a maturação tem sido acelerada, o que aumenta a oferta do produto no mercado.

A disponibilidade do tomate é tão grande que alguns atacadistas de Belo Horizonte (MG) chegaram a vender a caixa do tomate por apenas R$ 9,00. Além da elevada oferta, as vendas também estiveram fracas. Na Ceagesp (SP), o preço médio do tomate 2A foi de R$ 23,94/cx de 18 kg, queda de 26,7% em comparação com o da semana anterior.

A colheita de batata também segue em bom ritmo, dado o clima favorável aos trabalhos de campo. Produtores de Vargem Grande do Sul (SP) e do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba devem colher até o final do mês praticamente metade de suas áreas destinada à bataticultura. Com a redução dos preços de julho para cá, os valores da batata chegaram a ficar abaixo dos custos de produção.

Diante deste cenário, produtores de Vargem Grande do Sul podem desacelerar a colheita em setembro na expectativa de obter melhor remuneração. Nas roças paulistas, a batata padrão ágata especial foi comercializada por volta de R$ 15,00/sc na sexta-feira passada, 22.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Laranja: Flórida pode colher safra 2014/15 abaixo de 100 milhões de caixas


Na quinta-feira da semana passada, 14, foram divulgadas as estimativas privadas da safra de laranja da Flórida referentes à safra 2014/15, que deve começar a ser colhida em outubro. 

A multinacional Louis Dreyfus Commodities estimou que a colheita deve totalizar 96,6 milhões de caixas, 7,5% menos que a temporada anterior. Já Elisabeth Steger, consultora de citros de Orlando, foi mais pessimista, estimando que o estado norte-americano pode colher apenas 89 milhões de caixas, queda de 14,7%. 

O motivo para a redução é novamente o efeito do greening na produtividade dos pomares, que tem causado aumento na taxa de queda prematura de frutos, bem como laranjas de calibre menor. 

Se o cenário de menor oferta na Flórida se confirmar, é possível que a Flórida precise importar mais suco de laranja brasileiro, na tentativa de manter os estoques locais em bons níveis. Este aumento, contudo, pode ser limitado pela baixa demanda por suco de laranja no varejo americano.

Maçã: Geada ocorre no Sul, mas frio é benéfico

Houve geada no Sul do País de quarta para quinta-feira da última semana. O estado do Rio Grande do Sul foi o mais afetado pelo fenômeno climatológico, em especial a região de Caxias do Sul, onde parte dos pomares de maçãs precoces já estava na etapa de frutificação e parte ainda com flores. 

Dependendo da intensidade da geada, há possibilidade de redução no volume de frutas colhidas na próxima safra, segundo comentaram alguns agentes. Contudo, há o receio de que apenas algumas flores tenham sido queimadas pelo frio, de modo que a produção possa ser compensada pelas floradas tardias, mas ainda é cedo para confirmar a informação. 

Por outro lado, os pomares de gala e fuji foram beneficiados pelo frio, tendo em vista que estão em fase de dormência. Produtores seguem, também, contando as horas de frio – em Fraiburgo (SC), maleicultores puderam respirar um pouco aliviados com essa onde de frio, já que a região vinha contando com baixas Unidades de Frio até a semana passada. Segundo a previsão de agências climáticas, uma nova onda de frio intensa é esperada para o final de agosto (a partir do dia 24).

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Hortifruti Brasil lança a Seção Eletrônica de Folhosas


A Hortifruti Brasil começará a divulgar a partir da próxima segunda-feira, dia 18, os preços das alfaces crespa, lisa e americana através da Seção Eletrônica de Folhosas. As cotações das demais 11 frutas e hortaliças de pesquisa do Hortifruti/Cepea já são enviadas aos cadastrados em nossa Comunidade Eletrônica desde 2008, e agora chega a vez das folhosas.

O levantamento dos preços das alfaces no atacado de São Paulo (Ceagesp) é diário, enquanto que nas roças de São Paulo (regiões de Mogi das Cruzes e Ibiúna) ocorre uma vez por semana.

A Seção Eletrônica de Folhosas, assim como as demais, serão enviadas toda-segunda-feira aos cadastrados, e os preços correspondem aos coletados na semana anterior.

Para começar a receber os preços das folhosas, basta fazer um cadastro gratuito em nossa Comunidade Eletrônica AQUI. Se você já recebe as demais Seções Eletrônicas e também quer receber a de alface, basta acessar seu cadastro (
www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/comunidade) e selecionar a opção “Folhosas”. Se tiver dúvidas quanto ao recebimento, entre em contato com a equipe através do e-mail hfcepea@usp.br ou pelo telefone (19) 3429-8808.

Atenciosamente,
Equipe Hortifruti Brasil

El Niño não se confirma, e chuva no Sudeste pode voltar na primavera


Foto: Divulgação
As últimas análises climáticas indicam que, de fato, não houve a ocorrência do El Niño no Brasil. O que ocorreu foi o aquecimento das águas do Oceano Pacífico (o que causa a formação do El Niño) em meados do primeiro semestre do ano, o que provocou chuvas acima da média na região Sul em julho. No entanto, segundo explicações da Somar Meteorologia, o aquecimento durou menos de cinco meses consecutivos, período necessário para que haja confirmação do El Niño.

Ainda conforme a Somar, o que tem ocorrido nos últimos meses, na verdade, é o desaquecimento do Oceano Pacífico, condição que deve permitir com que as chuvas reduzam gradativamente no Sul do País daqui para a frente. A região ainda deve receber algumas frentes frias no decorrer de agosto, mas em volume bem menor em comparação com o do primeiro semestre.

Desta forma, o cenário climático de seca no Sudeste neste inverno deve continuar, e a situação só deve se reverter com o início da primeira, em setembro – período do retorno do regime de chuva. Vale lembrar, no entanto, que o Sudeste enfrenta uma longa e atípica seca desde o início do ano. No último verão, por exemplo, o índice pluviométrico ficou bem abaixo do normal, o que explica os mais baixos índices dos reservatórios da história. Quanto ao Nordeste, a estiagem ainda continuará, com exceção da faixa leste da região.

Para as hortaliças, as chuvas são aguardadas com ansiedade, uma vez que o plantio da temporada de verão começa agora neste segundo semestre, e a disponibilidade de água será fundamental para a realização das atividades de campo.

Já para as frutas, as chuvas precisam ocorrer o quanto antes, especialmente na região Sudeste. Para a laranja do estado de São Paulo, por exemplo, as floradas da próxima safra começam a brotar entre agosto e setembro, e é necessário um bom volume pluviométrico para induzir essas floradas. A continuidade da chuva é muito importante também após a fase de floração dos pomares para que haja bom desenvolvimento dos chumbinhos (frutos em formação), além de contribuir para a boa vitalidade das plantas.

Por Daiana Braga e Renata Pozelli Sabio
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Edição de agosto: O setor de embalagens de HFs no Brasil


A Matéria de Capa da edição de agosto da Hortifruti Brasil traz uma avaliação do segmento de embalagens para hortifrutícolas no País e apresenta as vantagens e desvantagens de cada material, as exigências dos diferentes compradores e as tendências.

Os analistas de mercado da HF Brasil também trazem nesta edição as últimas informações de mercado das 12 frutas e hortaliças de estudo da equipe.

Leia a edição completa na página da Hortifruti Brasil:
www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil.

Boa leitura!

Atenciosamente,
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

BATATA: Tempo firme favorece colheita e preço cai

Com o tempo firme desde meados da semana passada, a colheita de batata está a todo vapor nas principais regiões produtoras que colhem no momento. São elas: Sul de Minas Gerais, Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, Vargem Grande do Sul (SP), Sudoeste Paulista, Chapada Diamantina (BA) e Cristalina (GO).

Com o andamento das atividades no campo, um bom volume do tubérculo tem sido enviado ao mercado. Como resultado, os preços vêm reduzindo da semana passada para cá. Nesta segunda-feira, 04, os preços da batata ágata especial nas roças estão de R$ 20,00 a R$ 25,00/sc de 50 kg. Na Ceagesp, o preço médio foi de cerca de R$ 34,00/sc. De uma forma geral, as batatas estão com boa qualidade, incluindo as do Sul de Minas, cujos produtores estavam ofertando até semana passada tubérculos de baixo calibre.

Agosto é marcado pelo pico de oferta do produto, e boa parte dos produtores dessas regiões intensifica a atividade neste mês. Desta forma, os preços podem continuar reduzindo nos próximos dias, a não ser que o mercado absorva boa parte da mercadoria, uma vez que o início do mês é uma época favorável para o consumidor.

TOMATE: Chuva em Araguari reduz qualidade

Por mais que as chuvas sejam bem-vindas no Sudeste, produtores de tomate de Araguari (MG) enfrentaram dificuldades com a chuva ocorrida nos últimos dias na região. Segundo esses agentes, a qualidade do produto ficou aquém do esperado, apresentando manchas e acidez.

Com a redução na qualidade, o tomate desvalorizou em Araguari. Na sexta-feira, 1º, produtores mineiros negociaram o fruto a R$ 30,00/cx de 26 kg; já nesta segunda, as negociações estavam em torno de R$ 20,00/cx. Por enquanto, não houve relatos de problemas nas lavouras nas demais regiões produtoras de tomate.

Por Daiana Braga – Colaboração: Felipe Cardoso e Amanda Rodrigues da Silva