quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Enquete: Qual seu planejamento para 2011?

Voltamos apenas para convidá-lo você, leitor, a responder nosso rápido questionário "Qual seu planejamento para 2011?", que pode ser acessado em: http://tinyurl.com/plano2011.

Responda nossa questionário! Deixa sua opinião, crítica ou sugestão, estaremos aguardando sua resposta!

Já leu o nosso Anuário 2010-2011? Para ler a edição completa, acesse aqui.

Equipe Hortifruti Brasil

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Nos vemos em 2011!

Equipe Hortifruti Brasil 2011 - Foto: Claudio Franchi/Studio A

A Hortifruti Brasil estará de férias entre os dias 20 de dezembro de 2010 e 04 de janeiro de 2011.

Enquanto isso, acesse a última edição da Hortifruti Brasil, o Anuário 2010-2011, disponível em www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil. Nesta edição, está a retrospectiva 2010 das 11 frutas e hortaliças, além das projeções de cada produto para 2011. Não deixe de ver também nesta edição o Caderno de Estatísticas 2009-2010, com os preços de todos os produtos separados por produto, mês, nível e região.

Queremos agradecer aos nossos leitores e parceiros pelo reconhecimento do nosso trabalho e também pela confiança em nossa equipe! E continue interagindo conosco dando sua opinião, crítica ou sugestão.

Desejamos à todos um ótimo 2011!

Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Pomares de laranja da Flórida resistem às geadas

Foto: O'Meara/AP
Apesar das temperaturas negativas ocorridas na Flórida (EUA) na semana passada, as primeiras demonstrações de um inverno rigoroso não causaram danos significativos na safra de laranja 2010/11, segundo a Florida Citrus Mutual. Tanto que o preço do suco (FCOJ) na bolsa de Nova York recuou 2% na semana passada, indicando que o clima não chegou a causar preocupações.

A Florida Citrus Mutual ainda aponta que a temperatura variou de

acordo com a localização do pomar, havendo registro de frutas congeladas no sudoeste da Flórida, mas sem danos generalizados. De qualquer forma, produtores avaliarão os pomares nesta semana para medir a extensão dos possíveis problemas decorrentes das geadas. Devido ao fato de o inverno no Hemisfério Norte estar no início, agentes locais devem seguir atentos aos impactos da seca e também com a ocorrência de geadas.

Enquanto na Flórida produtores estão receosos com os impactos do frio, o clima chuvoso em parte das regiões produtoras de hortifrutis no Brasil não chegou a trazer preocupações nos últimos dias. As chuvas, no entanto, reduziram as atividades de colheita para as hortaliças como batata, cebola e tomate, e frutas como a manga paulista e melão e uva no Vale do São Francisco, tornando a oferta desses produtos mais limitada e, o consumo deles nos centros consumidores, mais retraído.

Nessa semana, a expectativa é que o comércio seja mais aquecido, já que o consumidor brasileiro deve adquirir suas compras para as festividades de fim de ano. Para a uva, a demanda deve ser aquecida já neste início de semana, tornando as cotações mais atrativas ao produtor durante a semana.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

ANUÁRIO 2010-2011



A edição do Anuário 2010-2011 já está disponível na página da Hortifruti Brasil! Relembre o que aconteceu em 2010 no mercado de hortifrutícolas e veja as principais projeções para 2011.

A edição do Anuário também conta com o Caderno de Estatísticas, com os preços dos produtos-alvo da Hortifruti Brasil detalhados por produto, mês, nível e região dos anos de 2009 e 2010.

Continue interagindo conosco através das nossas palestras, por telefone, e-mail ou pelo blog e twitter da Hortifruti Brasil. Temos muitas novidades em 2011 para você, leitor!

Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil

Preço da cenoura sobe 186% em Minas Gerais

A cenoura de São Gotardo, Santa Juliana e Uberaba, em Minas Gerais valorizou 186% na última semana, cotada a R$ 9,89/cx “suja” de 29 kg. Após semanas de grande oferta devido à boa produtividade na região, o volume da raiz tem reduzido nas regiões mineiras devido à aproximação da safra de inverno, quando o rendimento das lavouras geralmente é menor.

Além disso, as chuvas nas praças mineiras estão prejudicando a qualidade das raízes, causando problemas de qualidade como a “mela”. Para esta semana, os preços podem ter novo aumento, considerando a baixa oferta e a continuidade das chuvas, principalmente no final desta semana.

Produtores de batata também podem ter problemas na colheita nessa semana, já que a chuva deve continuar. Agências de meteorologia indicam mais chuvas para essa semana, em regiões produtoras de tomate, batata e nas regiões produtoras de uva do Nordeste.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Granizo prejudica lavouras de tomate de Caçador

As lavouras de tomate da região de Caçador (SC) foram prejudicadas pela chuva de granizo ocorrida há duas semanas. O prejuízo foi estimado em aproximadamente 15% do total a ser ofertado durante a safra, o que corresponde a aproximadamente 2 milhões de pés. Segundo colaboradores, alguns tomaticultores perderam roças inteiras, porém já replantaram a área afetada. Outros produtores tiveram parte de suas lavouras comprometidas, mas estas recuperam-se rapidamente, pois ainda são roças novas e mais resistentes. A região deve iniciar a colheita de tomates da safra de verão em meados de dezembro.

Enquanto Caçador ainda não começa a colheita, o volume de tomate no mercado já é elevado, sobretudo de frutos mais maduros. Assim, os preços estiveram mais baixos na semana passada: o tomate salada 2A foi comercializado na Ceagesp à R$ 15,38/cx de 22 kg, valor 34,6% inferior ao registrado na semana anterior. As cotações podem ser similares nesta semana, visto que é previsto que o clima quente permaneça nas regiões produtoras, o que pode continuar acelerando a maturação do tomate.

Outros produtos que devem ter maior oferta nesta semana são batata, manga e uva, devido à intensificação da colheita em algumas regiões produtoras desses produtos. Com mais oferta, os preços devem ser menores nos próximos dias. Com a aproximação das festas de fim de ano, o consumo por algumas frutas e hortaliças tendem a aumentar, especialmente para a uva, fruta bastante consumida no fim do ano.

Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Chuva, ainda, não preocupa cebolicultores

Na última semana choveu nas principais regiões produtoras de cebola do Sul do País: Irati (PR) e Ituporanga (SC). A umidade não chegou a prejudicar a qualidade dos bulbos, mas desacelerou as atividades de campo. Esse cenário chega ser vantajoso ao setor devido aos atuais baixos preços da cebola. O receio é a continuidade das chuvas nas regiões sulistas, pois pode comprometer o processo de pré-cura realizado pelos produtores na roça.

Os impactos do clima foram mais danosos nas roças de maçã. Na semana passada, pomares de maçã de Fraiburgo (SC) foram atingidos por granizo. Há duas semanas, a ocorrência de granizo já tinha trazido prejuízo às regiões de Vacaria (RS) e de São Joaquim (SC). Ainda não há estimativas da perda total da fruta em Fraiburgo, mas agentes comentam que os pomares mais afetados podem ter perdido até 80% da produção.

Quanto ao mercado, no geral, o clima chuvoso nos principais centros consumidores aliado ao período de fim-de-mês reduziu o movimento do mercado, com vendas calmas de frutas e hortaliças. O cenário pode ser um pouco mais otimista nesta semana, período quando boa parte dos consumidores recebe salário e, inclusive, décimo terceiro.

Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Mamão havaí dobra de preço

O preço do mamão havaí reagiu em todas as regiões produtoras na semana passada. Após dois meses de oferta elevada e preços abaixo do valor mínimo estimado por produtores para cobrir os gastos com a cultura, o havaí teve valorização de mais de 100% nas regiões do Espírito Santo, sul da Bahia e norte de Minas. O excedente de mamão nas lavouras reduziu, graças ao clima mais ameno e ao retorno das chuvas no final de outubro.

Na média da semana passada (15 a 19/11), o havaí do tipo 12-18 foi comercializado a R$ 0,52/kg no sul da Bahia, valorização de 110%. Por conta do volume moderado previsto para esta semana, a expectativa é de que os preços continuem atrativos ao produtor.

O preço da cenoura também foi maior na última semana na região de Irecê (BA). Com a diminuição do plantio em agosto, houve pouca cenoura para ser colhida em novembro. Como resultado, a caixa “suja” de 20 kg foi cotada a R$ 5,75 na semana passada, valor 21% maior frente à anterior.

O volume de melão ofertado pelo Rio Grande do Norte/Ceará também foi mais baixo nos últimos dias. Isto se deve à menor produtividade das lavouras por conta da maior incidência de pragas, principalmente da mosca minadora. Dessa forma, a cotação da fruta apresentou leve alta. Na média da semana passada, o melão amarelo graúdo tipo 6-7 foi cotado em média a R$ 14,17/cx de 13 kg na região, aumento de 5% em relação à anterior.

Para as demais frutas e hortaliças, de modo geral, o mercado esteve calmo, ora pelo feriado do último dia 15, que reduziu o movimento do mercado, ora pela grande oferta de alguns produtos, como cebola, manga e tomate.

Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil

terça-feira, 16 de novembro de 2010

SP diminui o processamento de laranja e inicia o de manga

Com a oferta de laranja bastante reduzida no estado de São Paulo, algumas unidades processadoras de suco já começaram a encerrar as atividades. Essa antecipação está relacionada à forte quebra na safra de laranja paulista 2010/11 e à aceleração da colheita nos últimos meses, em função da estiagem prolongada.

Enquanto a moagem de laranja perde ritmo, é iniciado processamento de manga paulista. As plantas processadoras de manga não são mesmas de laranja. Segundo levantamentos do Cepea, um volume significativo de manga deve começar a ser entregue à indústria processadora da fruta nesta semana, uma vez que a maturação começa a atingir o grau ideal para produção de polpa. Em Monte Alto e Taquaritinga (SP), a colheita de tommy atkins foi intensificada na semana passada e a de palmer deve iniciar no final do mês. Para as demais frutas, o mercado seguiu praticamente estável. A exceção foi o mamão, cujo preço reagiu expressivamente devido à diminuição do excedente da oferta.

Quanto às hortaliças, o volume de batata seguiu limitado em mais uma semana de “mercado de chuva”, de modo que os preços seguiram firmes. Para a cebola, os preços nas roças mineiras, goianas e do Vale do São Francisco e de Mossoró (RN) reagiram na semana passada, devido ao restrito volume de bulbo de qualidade satisfatória nessas regiões. De qualquer forma, o preço médio recebido pelo produtor durante toda a temporada de cebola destas regiões é abaixo do esperado pelo produtor para recuperar os investimentos na cultura.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Batata tem “mercado de chuva”


Na semana passada choveu em algumas lavouras de batata, caracterizando o “mercado de chuva”: quando chove, não há colheita e, assim, os preços sobem. Na média da semana passada, a alta foi de 26% na Ceagesp, com a batata especial padrão ágata cotada a R$ 55,25/sc de 50 kg. Se as chuvas continuarem nesta semana, a oferta pode continuar limitada. O volume de batata, porém, não deve ser tão baixo como verificado na semana passada, pois a previsão é de menor volume de chuva nos próximos dias, o que não deve interferir significativamente nas atividades de campo.

De um forma geral, a comercialização de frutas e hortaliças foi considerada calma, com o feriado de Finados (02) tornando as vendas ainda menores no período. Para esta semana, o comércio deve ser mais firme, considerando o período de início-de-mês, que coincide com o recebimento dos salários, movimentando as negociações de hortifrutícolas.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Reduz oferta de tomate, mas preço ainda não reage


Produtores de tomate de Mogi Guaçu (SP) encerraram a temporada na última semana. No balanço da safra, a rentabilidade dos produtores foi positiva, mas os preços nos últimos meses foram pouco remuneradores, o que farão com que os investimentos com área diminuam na próxima safra na região. Com a finalização da safra em Mogi Guaçu, os preços do tomate, no entanto, não reagiram na última semana devido à baixa qualidade dos frutos.

As regiões produtoras de mamão também enviaram uma menor oferta ao mercado. O clima foi mais ameno no Espírito Santo e na Bahia, fazendo com que a maturação do mamão fosse mais lenta, desacelerando as atividades de campo.

A uva paulista também deve apresentar oferta reduzida. A chuva de granizo que ocorreu em Louveira/Indaiatuba (SP) na semana passada acabou prejudicando parte dos parreirais de uva rústica, as quais seriam vendidas visando as festividades de fim-de-ano. Com a menor oferta, produtores aguardam, pelo menos, melhores preços até o fim de 2010.

Enquanto a oferta de alguns hortifrutícolas está reduzindo no mercado, outros estão elevando a cada semana.

A oferta da manga tommy atkins está aumentando na região de Monte Alto e Taquaritinga (SP). De acordo com produtores, a produção da fruta deve ser elevada em novembro. O volume de manga destinado à indústria de polpa deve crescer a partir de meados de novembro, uma vez que a fruta deverá estar com grau de maturação ideal para esse segmento.

Minas Gerais ainda conta com boa produtividade de cenoura, cenário que deve persistir até dezembro. Assim, pouco deve mudar as cotações da cenoura durante o mês de novembro.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Evento citrícola movimenta setor


Não houve grandes mudanças no setor de frutas e hortaliças na última semana. De forma geral, a comercialização no mercado doméstico de hortifrutícolas não foi tão aquecida, tendo em vista que o comércio desacelera na segunda quinzena do mês. Em algumas regiões produtoras, principalmente no Nordeste, as chuvas voltaram após meses de seca.

Dentre os acontecimentos que movimentaram o setor na última semana foi o Seminário “Desafios da Citricultura Brasileira”, realizado pelo jornal Valor Econômico no último dia 20, em São Paulo, que contou com a presença das principais lideranças do setor.

No evento, o Prof. Dr. da USP, Marcos Fava Neves, coordenou um estudo da cadeia e fez um retrato a respeito da citricultura nacional. O resultado se transformou em um livro intitulado “O Retrato da Citricultura Brasileira”, que está disponível no site da CitrusBR.

O evento também contou com a participação da pesquisadora do Cepea/Esalq-USP, a Dra. Margarete Boteon, que foi uma das moderadoras do Painel Consecitrus. Os principais pontos ressaltados pela pesquisadora foi que o Consecitrus deve gerar um sistema de remuneração que promova o melhor efeito distributivo da renda da laranja e dar segurança aos agentes da cadeia para novos investimentos.

A pesquisadora também aponta que um equilíbrio entre o produtor e a indústria na relação comercial é um dos maiores desafios da citricultura brasileira. Além disso, enfatiza a necessidade de melhoria do ambiente de negócios, através de informação econômica de melhor qualidade, bem como a defesa fitossanitária.

Para conferir mais detalhes da palestra da Dra. Margarete Boteon, acesso o site do Cepea.

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Após meses de seca, pode chover nas lavouras de mamão


A seca nas regiões produtoras de mamão pode estar com seus dias contados. A chuva deve chegar nas lavouras nesta semana, após meses de seca.

Nas regiões de Linhares (ES) e de Teixeira de Freitas (sul da Bahia) não chove há mais de 2 meses, enquanto que na região de Barreiras (oeste da Bahia), e no norte de Minas, a seca durava cerca de 5 meses.

Durante a estiagem, os frutos que ficaram mais expostos à ação dos raios solares apresentam manchas fisiológicas, baixo desenvolvimento e produtividade. Com a umidade, a fruta que será colhida poderá apresentar melhor qualidade, além de preços mais remuneradores ao produtor.

Enquanto o clima chuvoso é bem-vindo para o mamão, os impactos do clima podem ser um problema para outras culturas.

As temperaturas mais frias na última semana chegaram a causar geadas em pomares de maçã na região de São Joaquim (SC) na última semana. Ainda é cedo para estimar as perdas, mas, segundo agentes, alguns pomares chegaram a ser perdidos.

O clima também é motivo de alerta aos produtores de uva do Vale do São Francisco, no Nordeste. Produtores nordestinos estão colhendo principalmente as uvas sem-sementes destinadas à exportação. As chuvas previstas para esta semana na região podem interferir na colheita e, inclusive na qualidade da uva exportada.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Especial Batata - Gestão Sustentável


O Especial Batata é tema da edição de outubro da Hortifruti Brasil. Nesta edição, foi avaliado o cálculo de custo de produção de três regiões importantes de batata: Vargem Grande do Sul (SP), sul de Minas Gerais e Cristalina (GO).

Produtores convidados para o Fórum também deram a sua opinião sobre os resultados de custo de produção de batata das três regiões avaliadas nesta edição.

Para conferir a edição na íntegra, clique aqui.

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Pomares de manga da Bahia precisam de chuva


As chuvas têm sido bem-vindas em regiões produtoras de frutas e hortaliças em parte do Brasil. No entanto, nos pomares de manga de Livramento de Nossa Senhora (BA), a chuva ainda não retornou na região, trazendo preocupação aos produtores baianos. Há o receio de que com a falta d’água debilite os pés e, em casos mais severos, resulte na morte da planta, comprometendo a produção de manga. Na Bahia, o retorno das chuvas deve ocorrer a partir da segunda quinzena de outubro, conforme a Somar Meteorologia, mas a chuva deve ser regularizada apenas em novembro.

Por enquanto, as chuvas nas últimas semanas têm sido benéficas em algumas regiões do Brasil, como o Sudeste. O retorno delas contribui para o vigor dos frutos, como por exemplo para a laranja paulista, que estava murchando ainda nos pés devido aos impactos do recente período de estiagem. O clima chuvoso também é favorável para as floradas em laranja, pois deve possibilitar a abertura de floradas ainda neste mês.

Apesar dos benefícios do retorno das chuvas, o tempo chuvoso também pode trazer problemas. Para a cultura da cebola, o receio é se as chuvas persistirem nas lavouras do estado de São Paulo, pois os bulbos que estão plantados já estão passando do tempo de serem colhidos e, com as chuvas, poderão apodrecer, não compensando ao produtor os custos da colheita e sacaria, pois os preços da cebola já estão em patamares bem baixos.

O desenvolvimento de alguns produtos pode ter um ciclo um pouco mais demorado em períodos de chuva. Esse cenário, somado ao clima mais ameno, pode desacelerar a maturação do tomate, tornando a oferta menos disponível no mercado. Para produtores de batata, as atividades de campo também podem ser comprometidas, uma vez que o acesso às roças chega a ser dificultado.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Chuva: bom para preço e qualidade


As recentes chuvas em boa parte do Brasil têm contribuído para “enxugar” a oferta na última semana, sobretudo de hortaliças. Com a umidade nas roças, as atividades de colheita foram reduzidas para as culturas de batata, cebola, cenoura e tomate. O solo úmido, no entanto, facilita no momento do plantio e nos tratos culturais, como é o caso dos produtores de cenoura de Minas Gerais.

A oferta mais restrita de hortaliças contribuiu para o avanço dos preços nos últimos dias. Produtos como a cebola do Vale do São Francisco, que estava sendo vendida abaixo do custo, esteve valorizada. O Vale do São Francisco acabou ganhando espaço no mercado do Sudeste por conta das chuvas na região. Já a batata chegou a subir 85% na Ceagesp na semana passada.

Além disso, a umidade traz mais vigor para algumas culturas. Para a laranja, que estava “murcha” ainda nos pés, o clima chuvoso deve contribuir para que a fruta ganhe peso e, inclusive, para o aparecimento de novas floradas, as quais devem ditar a proporção da próxima safra. Pomares paulistas de manga palmer apresentam frutos em crescimento, e a umidade é essencial para garantir seu bom desenvolvimento. Se confirmada para o fim de outubro, a chuva nas regiões produtoras de mamão também pode contribuir para a qualidade da fruta, cuja qualidade está pouco satisfatória.

Mesmo com chuva e temperaturas amenas nesta semana, as apostas são de que o mercado seja mais aquecido para frutas e hortaliças nos próximos dias, já que o consumidor, como maior poder aquisitivo no início do mês, é mais atuante nas compras.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Chuvas estão voltando em áreas hortifrutícolas

As chuvas estão voltando. E trazem alívio e benefícios à hortifruticultura. Na última semana, ocorreram chuvas em algumas regiões produtoras de frutas e hortaliças, como por exemplo nas roças paulistas de banana e de uva e nas de maçã do Sul do País. Nos bananais, além de contribuir para a vitalidade das plantas e dos frutos, produtores aproveitaram a umidade do solo para realizar tratos culturais. Para a maçã, a chuva favorece principalmente as flores da macieira, que acabaram de abrir. Desde que não seja intensa e frequente, as precipitações não prejudicarão a polinização das flores de maçã.

Mais chuvas, no entanto, serão necessárias, pois o volume pluviométrico na última semana ainda foi insuficiente – a estiagem, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste, tem sido bastante severa. De modo geral, o retorno das chuvas é esperado para o início de outubro, conforme previsões de agências meteorológicas. No entanto, mais chuvas devem ocorrer na próxima semana em várias regiões produtoras, o que pode sanar um pouco o déficit hídrico do solo.

Enquanto a chuva começa a dar um pouco de alívio para alguns hortifruticultores, outros seguem preocupados com possíveis quebras de safra. A seca tem prejudicado a produção de manga atkins de Monte Alto e Taquaritinga (SP), mas como o forte na região é a manga palmer, pode não haver redução na safra de manga na região.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

FRUIT & TECH 2010



Fruit & Tech - 2ª Feira Internacional de Frutas, Legumes e Derivados, Tecnologia e Logística
27 a 29 de setembro de 2010
Expo Center Norte, São Paulo
Das 11 às 20 horas


A 2ª Feira Internacional de Frutas, Legumes e Derivados, Tecnologia e Logística, Fruit & Tech, em sua 2ª edição, volta fortalecida com o sucesso alcançado em sua estréia no ano passado. Com o crescimento previsto de 50%, vai ocupar área total de 5.000 m2, e espera superar as marcas dos três mil visitantes e 94 expositores registrados na primeira edição. O evento acontece de 27 a 29 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo, das 11 às 20 horas, e tem entrada gratuita tanto para profissionais como para interessados no mercado de frutas, legumes e derivados.

Entre as atrações, destacam-se o 2º Seminário Internacional Fruit & Tech, Encontro Embrapa de Tecnologia de Produção para Fruticultura, Visitas Técnicas e Rodadas de Negócios, Oficina – Aplicação de Insumos Orgânicos na Fruticultura e o evento é direcionado para atender à demanda de produtores e fornecedores na geração de negócios, exportação, tecnologia e logística.

Para mais informações, entre em contato com a organização através do e-mail fruitetech@francal.com.br, pelo telefone (11) 2226-3100 ou pelo site oficial da Fruit & Tech.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Mercado de algumas frutas está mais firme


Na última semana, o mercado de algumas frutas esteve mais movimentado não só pela oferta mais limitada, como também pela maior procura pelo consumidor.

O preço da banana prata no norte de Minas Gerais subiu 117% na última semana em comparação com a mesma semana de 2009. A caixa de 20 kg foi comercializada por volta de R$ 20,00. O norte de Minas tem ofertado a banana de maneira escalonada desde o início da safra (junho), e o frio acaba limitando o avanço da maturação. Resultado: preços mais atrativos ao produtor.

Bom desempenho também foi para o mercado de maçã no Sul do Brasil. Para produtores, a última semana foi considerada uma das melhores do ano para a comercialização da fruta. Segundo agentes, a maior liquidez do mercado está atrelada ao consumo firme. Dessa forma, as cotações das duas principais variedades (fuji e gala) continuaram em elevação no Sul do País.

Para a laranja, as vendas também foram firmes no mercado in natura, com boa procura principalmente pelas frutas de melhor qualidade. Agentes do setor já estão notando redução na oferta e apostam que as cotações sejam maiores nas próximas semanas caso a demanda continue firme.

Em sentido oposto, os preços do mamão, da manga e da uva estiveram mais baixos na última semana. As regiões produtoras dessas frutas têm elevado a oferta, em especial o Vale do São Francisco, no Nordeste, cuja colheita de manga e uva tem sido intensificada nas últimas semanas visando o mercado internacional.

Leia a edição de setembro da Hortifruti Brasil!


Essas e mais informações sobre o mercado de frutas e hortaliças você pode ler na nova edição de setembro da Hortifruti Brasil. A Matéria de Capa desta edição mostra as vantagens e desvantagens de o produtor vender seu produto ao supercliente: o supermercado. Confira os resultados clicando aqui.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Vendas estáveis de melão em feriado e clima ameno


O feriado de 7 de Setembro reduziu o movimento do mercado para boa parte dos hortifrutis na semana passada. Além do recesso, chuvas ocorreram nos centros consumidores, trazendo inclusive temperaturas mais frias, o que afastou ainda mais os agentes das compras.

Uma das exceções foi para o mercado de melão. Como a Chapada do Apodi (RN) e o Baixo Jaguaribe (CE) são praticamente as únicas praças a ofertar a fruta em São Paulo, o feriado e o clima não chegaram a prejudicar a procura pelo melão, até mesmo porque não há acúmulo da fruta no mercado.

A previsão é de tempo firme e sem chuva pelo menos até o final de setembro, conforme as previsões da Somar Meteorologia. O ritmo de mercado, entretanto, vai depender do poder aquisitivo do consumidor, já que com o aproximar do fim do mês as compras são feitas tipicamente em menor volume.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Mercado aquece; preço da cebola reage


O mercado esteve mais aquecido no setor de frutas e hortaliças na última semana, inclusive até para a cebola, que vinha sendo comercializada a preços bem abaixo dos custos. O início-de-mês e as temperaturas mais altas foram os principais fatores para movimentar o mercado na última semana.

Além do aumento da procura, o bulbo foi menos ofertado por produtores de São Paulo, Minas Gerais e Vale do São Francisco. A expectativa é de que os preços da cebola subam ainda mais na segunda quinzena de setembro, já que o volume será ainda menor, mesmo em período típico de grande oferta.

Para esta semana, a previsão é que o feriado desta terça-feira, 07, (Independência do Brasil), reduza um pouco o movimento do mercado. No entanto, a expectativa é que o comércio volte a se aquecer a partir da quarta-feira, 08, já que é início-de-mês e, neste período, o consumidor é mais atuante no mercado.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Laranja irrigada é mais aceita no mercado


Com o atual período de seca no Sudeste, produtores de laranja do estado de São Paulo que estão irrigando seus pomares estão obtendo preços maiores pela fruta. A diferença da fruta de pomares irrigados chegou a R$ 5,00/cx na semana passada. As frutas de pomares não irrigados tem sua durabilidade reduzida e, além disso, parte delas apresenta pinta-preta, doença que afeta a aparência da laranja, que acaba sendo pouco aceita pelo mercado - o destino dessas frutas acaba sendo para processamento de suco.

De modo geral, a ausência de chuva ainda não é preocupante para o setor de frutas e hortaliças. No entanto, a seca pode atrasar as atividades de plantio da safra de verão e, assim, alterar o calendário de algumas culturas.

Com ausência de chuva e tempo quente, a tendência é que o consumo de hortifrutícolas, em especial o de frutas, aumente nesssa semana. O consumo pode ser estimulado também com o início-de-mês, período quando as compras são maiores. Alguns produtos, no entanto, não devem apresentar aumento nos preços, já que estão com oferta excedente no mercado, como é o caso de cebola e cenoura.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Cebola: baixa rentabilidade ao produtor paulista


A grande quantidade de cebola ofertada ao mercado fez com que, desde o início da safra, produtores paulistas não conseguissem um bom preço pelo seu produto. Nas últimas semanas, o preço de venda da cebola tem ficado abaixo dos custos, tornando baixa a rentabilidade ao produtor.

Na semana passada, por exemplo, para minimizar seu prejuízo com a cultura, o produtor tentou estabelecer o preço de venda em torno de R$ 20,00/sc de 45 kg na roça, mas compradores não estavam dispostos a pagar pela cebola nesses patamares, o que pressionou o preço. Com essa pressão do mercado, produtores não conseguiram negociar nos preços desejados, e a saca de 45 kg foi vendida ao redor de R$ 16,00 na roça. A previsão é de que até meados de setembro o cebolicultor paulista continue trabalhando em patamares baixos.

Enquanto produtores de cebola estão na expectativa de dias melhores, outros mercados foram um pouco mais aquecidos na última semana. O norte de Minas Gerais tem oferecido pouca banana ao mercado, e a fruta tem garantido preços mais atrativos ao produtor.

A maçã produzida no Sul foi outro produto que tem valorizado na semana passada. Mesmo considerando temperaturas baixas na região, a procura pela fruta tem se mostrado boa, o que tornou os preços maiores na última semana.

As temperaturas mais frias têm reduzido o ritmo da maturação da uva em Jales (SP) e em Pirapora (MG), o que reduziu a disponibilidade de uva ao mercado, valorizando a fruta.

O mercado nos próximos dias dependerá do clima, cujas temperaturas devem aumentar em boa parte do Brasil. No entanto, a comercialização de frutas e hortaliças pode ficar mais limitada devido ao período de fim-de-mês, quando o poder aquisitivo do consumidor é mais enxuto.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Frio: menores vendas e maturação mais controlada

O frio continua sendo um dos principais fatores para frear as vendas de hortifrutícolas, especialmente as de frutas. As temperaturas caíram ainda mais nos últimos dias, fator que vem afastando os consumidores do mercado.

Além de fazer com que o consumidor opte por comprar menos frutas e hortaliças, os termômetros mais baixos também acabam influenciando no desenvolvimento de algumas culturas. Para o melão produzido no Vale do São Francisco, o fruto não se desenvolveu normalmente nos últimos dias, reduzindo a oferta ao mercado. O tomate é outro produto que tem sua maturação mais lenta em períodos mais frios, mas na última semana o ligeiro aumento das temperaturas nas roças contribuiu para o desenvolvimento do tomate.

O volume de tomates ofertados nesta semana dependerá do clima. O clima deve ser seco em boa parte do Brasil nesta semana, conforme a previsão da Somar. Após a passagem de uma massa de ar polar no Sul e Sudeste desde o fim-de-semana, as temperaturas devem voltar a se elevar nos próximos dias. Isso pode contribuir para a maturação dos frutos.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Especial Frutas: Gestão Sustentável da Uva


Acesse a página da revista Hortifruti Brasil no site do Cepea e leia a nova edição de agosto!

Nesta edição, a Hortifruti Brasil estréia o Especial Frutas! Sob enfoque da sustentabilidade, os resultados apresentados neste especial referem-se a uma fruta em particular: a uva produzida no Vale do São Francisco, no Nordeste. Foram avaliados estudos de caso de pequena, média e grande escala da fruta referente à safra de 2008 e os resultados foram divulgados na revista. Leia ainda no Fórum medidas que produtores de uva do Vale do São Francisco podem tomar para reduzir os custos de produção da uva.

Tem alguma comentário sobre a revista? Escreva para nós!

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

Neva em pomares de maçã, mas não preocupa setor


Em alguns municípios do Rio Grande do Sul e, principalmente, em Santa Catarina, ocorreu neve na última semana. Em Fraiburgo (SC), São Joaquim (SC) e Vacaria (RS), regiões produtoras de maçã, também nevou. Porém, o fenômeno não preocupa o setor, uma vez que o clima mais frio favorece a brotação nos pomares para que, a partir de setembro, as macieiras floresçam.

Até o final de julho, foram registradas 451 horas de frio abaixo de 7,2°C em Vacaria, 476 em São Joaquim e 347 em Fraiburgo, segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). Produtores estão bastante otimistas com a safra deste ano, pois aguardam uma temporada com frutos de boa qualidade, a exemplo do que ocorreu em 2009, quando a safra a de maçã foi uma da melhores dos últimos cinco anos.

Mesmo com os termômetros registrando temperaturas negativas, o clima no Sul não chegou a ser empecilho para o mercado da maçã, que esteve aquecido na última semana.

Além da maçã, outros mercados também apresentaram melhores vendas nos últimos dias, como é o exemplo de banana, batata, cenoura, lima ácida tahiti, mamão, tomate e uva. O início do mês aliado ao retorno das aulas escolares são fatores que movimentaram o mercado de hortifrutícolas na última semana.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Aulas e início-de-mês devem favorecer vendas

Na última semana, as vendas de hortifrutícolas estiveram mais lentas em praticamente todos os centros de comércio do País. O frio em algumas regiões, as férias escolares e, principalmente, o fim-de-mês, foram os fatores que limitaram um maior movimento no mercado nos últimos dias.

O setor, no entanto, está um pouco mais otimista para esta semana. Devem retornar as aulas em boa parte do País a partir desta semana e, aliado a isso, é período de início de mês, quando o pode aquisitivo do consumidor é maior e, assim, aumentam as compras.

Para frutas e hortaliças, o cenário não é diferente. A previsão é que as vendas sejam aquecidas para as frutas como banana, citros, maçã e mamão. Algumas delas, como banana e maçã, são consumidas durante a merenda escolar. No caso das hortaliças, cebola, cenoura e tomate devem ter um comércio maior.

Para a batata, o mês de agosto deve ser de maior oferta, já que Vargem Grande do Sul (SP) está colhendo a todo valor e o sul de Minas antecipou a safra de inverno. Assim como um maior volume, devem ser disponibilizadas ao mercado batatas de melhor qualidade, uma vez em que as condições climáticas foram bastante favoráveis durante o desenvolvimento da safra de Vargem Grande do Sul.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mercado tem mais oferta de hortaliças

O volume ofertado de hortaliças tem aumentado na última semana, devido em parte à safra de inverno, quando algumas culturas se encontram em pico de colheita. Os produtos que aumentaram sua oferta no mercado são batata, cebola, cenoura e tomate, todas as hortaliças de estudo da Hortifruti Brasil.

Dentre as frutas, banana e uva também estão com oferta significativa no mercado. A oferta de banana no norte de Minas Gerais está em pico de oferta desde junho, mesmo considerando que o aumento da oferta está controlado na região. Para a uva, praças como Pirapora (MG) e Jales (SP) estão ofertando mais uvas rústicas (niagara), com aumento da disponibilidade a partir de agosto.

Em sentido oposto, algumas frutas estão com oferta controlada. A oferta de melão tem aumentado aos poucos, inclusive alguns envios da fruta ao exterior já começaram timidamente, e deve ser mais aquecido em agosto. Manga e mamão também estão com produção limitada. A partir de agosto é que a oferta de manga tende a aumentar, enquanto o mamão deve ter preços atrativos até o fim deste ano, já que a oferta não deve aumentar de forma significativa.

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Chuva e frio reduzem consumo de frutas e hortaliças

Na última semana, os termômetros reduziram novamente, principalmente no Sul do País, região onde foram registradas temperaturas negativas. Junto com o frio, chuvas ocorreram no Sul e também em parte do Sudeste do Brasil. O clima foi um fator que determinou o rumo de alguns mercados, pois reduziu o ritmo de comercialização de alguns produtos hortifrutícolas, a exemplo de batata, mamão e melão.

O clima frio e chuvoso é desfavorável ao consumo de frutas e hortaliças, mas foi benéfico para outras culturas, a exemplo da laranja. As chuvas no Sudeste nos últimos dias foram consideradas importantes para a citricultura, pois em períodos de clima mais seco, a umidade é bem-vinda, pois ajuda na manutenção da qualidade e também no calibre das frutas.

Para esta semana, o clima deve continuar úmido apenas nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com risco de geada apenas em algumas áreas do Rio Grande do Sul, conforme as previsões da Somar Meteorologia. Nas demais regiões, o clima será seco em boa parte do Brasil. Por mais que o clima seco não esteja sendo considerado problemático ao setor hortifrutícola até o momento, o retorno delas na primavera pode comprometer a próxima safra.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Início de mês aquece vendas, mas consumo reduz em julho

Como todo início de mês, a comercialização costuma ser mais aquecida, tendo em vista que é período de recebimento de salários. Assim, o setor de frutas e hortaliças foi contemplado com vendas melhores na última semana.

Por outro lado, o mês de julho costuma ser um período de menor consumo, pois as férias escolares e o período de frio reduzem as vendas. Frutas como banana e maçã, consumidas nas merendas escolares, podem ter suas vendas reduzidas durante o mês de julho, já que as escolas reduzem os pedidos dessas frutas. Apesar disso, não há tendência de quedas significativas nos preços ao produtor, pois a oferta de banana será limitada neste mês, e o Sul está na entressafra de maçã.

Outro fator que pode pressionar as cotações durante o mês de julho, principalmente das hortaliças, é a oferta da safra de inverno de alguns produtos, como cenoura, cebola e tomate.

Quanto ao clima, produtores devem ficar atentos. A Somar prevê chuvas no Sul e parte do Sudeste do País devido à uma frente fria, o que pode comprometer um pouco a colheita nessas regiões nesta semana. Após a frente fria, deve chegar uma massa de ar polar, derrubando as temperaturas. Há previsão de geadas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Já no Nordeste, as chuvas devem continuar, como costumeiramente ocorre no inverno.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Laranja pêra tem maior preço em 15 anos


O preço da laranja pêra fechou o mês de junho na média de R$ 15,13/cx de 40,8 kg, na árvore. É o maior valor médio desde 1995, em termos nominais, quando o Cepea iniciou o levantamento de preços para esta variedade. Além disso, é a primeira vez desde 1997 que há aumento de preços de maio para junho. A valorização da pêra no mercado doméstico em plena safra é atípica e está relacionada ao elevado número de produtores com contratos com as indústrias de suco.

Outros hortifrutícolas que apresentaram preços melhores ao produtor na semana passada foram a banana, cebola, manga e uva.

O norte de Santa Catarina está colhendo banana de boa qualidade, o que tem valorizado a fruta na região. A cebola proveniente do Centro-Oeste também tem apresentado qualidade superior, o que tem atraído compradores para a região. Nos casos da manga e da uva, a pouca disponibilidade dessas frutas nas regiões que colhem no momento é o fator que tem impulsionado as cotações nos últimos dias.

Na contramão, os hortifrutis que apresentaram desvalorização são a batata, cenoura, maçã, melão, mamão e tomate. A desvalorização das cotações é responsável principalmente pela redução da procura durante o fim-de-mês, período em que as compras são reduzidas, e também pelo aumento da oferta desses produtos no mercado. O início do mês pode trazer novamente o consumidor às compras, o que pode contribuir com preços mais atrativos ao setor.

Quer saber as cotações dos 11 produtos analisados pela equipe da Hortifruti Brasil? Então cadastre-se gratuitamente em nossa comunidade clicando aqui para receber as Seções Eletrônicas! Toda segunda-feira são enviados preços dos hortifrutícolas, e os da última semana serão enviados logo mais!

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 28 de junho de 2010

De Copa à São João, fatores que influenciam o mercado


Frio, fim-de-mês, Copa do Mundo e feriado de São João. Esses são fatores que influenciaram o mercado de hortifrutícolas na última semana.

O inverno começou no último dia 21 de junho, mas desde o outono as baixas temperaturas em algumas regiões do Brasil vêm reduzindo o consumo de hortifrutícolas, principalmente o de frutas. Na última semana, esse cenário foi observado nos mercados de maçã e mamão.

Particularmente, na última semana, houve ligeiro aumento das temperaturas em algumas regiões, como verificado nas lavouras de tomate. O tempo um pouco mais quente, principalmente durante o dia, fez com que a maturação dos frutos fosse mais acelerada, o que favoreceu o aumento da oferta de tomate nas centrais de comercialização.

Nas últimas semanas do mês, o mercado é caracterizado pelo pouco consumo de frutas e hortaliças, período em que o poder aquisitivo do consumidor costuma ser menor. As poucas vendas foram registradas no mercado de batata, cenoura, melão e uva nos últimos dias.

Os jogos da Copa do Mundo também influenciaram no mercado. Durante a Copa, principalmente em dias em que a Seleção Brasileira joga, as atividades de campo reduzem, o ritmo de comercialização é menor, o consumidor “sai” do mercado...

Paralelamente a esses fatores, alguns agentes de mercado no Nordeste decidiram paralisar as atividades na região devido às festividades do feriado de São João, no último dia 24. O ritmo de comercialização de alguns produtos do Nordeste brasileiro, como a cebola e a manga, ficou reduzido.

Apesar das enchentes causadas pelas fortes chuvas no Nordeste, até o momento não foram reportados danos à produção de frutas e hortaliças na região.

Dentre outros mercados, a banana de Bom de Jesus da Lapa (BA), teve cenário positivo nos últimos dias. A baixa oferta aliada à boa qualidade da fruta baiana atraiu compradores para a região, o quer elevou os preços ao produtor local.

No mercado de laranja, os preços seguem firmes, mas o mercado consumidor calmo. Os preços da laranja pêra ao mercado de mesa estão em torno de R$ 15,00/cx de 40,8 kg, na árvore. Quanto à de fruta posta na indústria (mercado spot, sem contrato), boa parte das laranjas recebidas ainda é proveniente de refugo de beneficiadores. Com a safra das precoces praticamente finalizada, a maior parte da oferta à indústria já é de pêra. Para ambas as variedades, o preço pago pela caixa posta está entre R$ 14,00 e R$ 15,00.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Palestras do III Simpósio estão no site


As palestras ministradas pelos analistas de mercado da Hortifruti Brasil no III Simpósio Econômico Hortifruti Brasil de Frutas & Hortaliças já estão disponíveis no site do Cepea.

Clique aqui para acessar as palestras!

O evento foi realizado no dia 17 de junho no Auditório da Hortitec, e foi aberto ao público presente na feira.

Qualquer dúvida, crítica ou sugestão, não deixe de entrar em contato com a gente!

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

terça-feira, 22 de junho de 2010

Enquete: Quais ações a Hortifruti Brasil deve fazer para a Hortitec 2011?


Gostaríamos de saber de você quais ações a Hortifruti Brasil deveria realizar na próxima feira da Hortitec, que acontecerá nos dias 15, 16 e 17 de junho de 2011.

Para isso, vote em nossa enquete ao lado! Sua opinião é importante para que a cada ano consigamos melhorar nossa relação com os leitores da Hortifruti Brasil! Caso queira dar uma outra opinião, fique à vontade para comentar em nosso blog.

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Hortifruti Brasil realiza III Simpósio na Hortitec

Fotos: Hortifruti Brasil

Nos dias 16, 17 e 18 de junho, ocorreu mais uma edição da Hortitec em Holambra/SP. A equipe da Hortifruti Brasil, do Cepea/Esalq-USP, esteve mais uma vez presente na feira, que realizou o III Simpósio Econômico Hortifruti Brasil de Frutas & Hortaliças, ciclo de palestras realizado pelos analistas de mercado da Hortifruti Brasil sobre as projeções de mercado de 11 frutas e hortaliças.


Abaixo estão as principais considerações do mercado de frutas e hortaliças proferidas pelos analistas de mercado da Hortifruti Brasil na terceira edição do Simpósio.

De forma geral, o consumo doméstico de hortifrutícolas está maior em 2010. Consumidores emergentes estão cada vez mais exigentes com produtos relacionados à saúde, conveniência, praticidade e economia. Esse cenário é observado principalmente nas regiões Norte e Nordeste, onde o poder aquisitivo está maior e também há mais acesso ao crédito.


Dentre as frutas analisadas pela equipe da Hortifruti Brasil, as perspectivas estão favoráveis. A área cultivada com frutas deve recuperar parcialmente, pois os bons preços adquiridos pelos fruticultores em 2009 possibilitaram investimentos em 2010. A maior produção de frutas deve favorecer os embarques e incrementar a receita em 2010, principalmente de uva, banana, limão e manga. O alerta é para os impactos climáticos. No lugar do El Niño, deve ocorrer a La Niña a partir do segundo semestre: o fenômeno traz chuvas acima da média no Nordeste e clima mais seco ao Sul e Sudeste. Além disso, a crise na Europa e o euro desvalorizado frente ao Real podem limitar a rentabilidade dos exportadores de frutas.

Além dos fruticultores, produtores de hortaliças também obtiveram bons resultados em 2009, o que também favoreceu maiores investimentos neste ano. Para a safra de inverno, as apostas são em aumento de área, principalmente para batata e tomate.


Na palestra proferida sobre gestão sustentável na cultura do tomate, foi enfatizada a importância de um projeto de ações que o produtor deve realizar para tornar seu negócio mais sustentável. Para que o produtor lucre com o tomate, é necessário que haja em bom planejamento para a cultura. É importante que o produtor, além de calcular o custo de sua produção, avalie também os riscos que podem trazer à tomaticultura: climáticos, fitossanitários e de preços. A grande recomendação é que após cada safra, o tomaticultor avalie a “saúde financeira” de sua fazenda, faça um planejamento para a próxima temporada e guarde um montante em dinheiro para situações de prejuízos na lavoura.


Gostaríamos de agradecer aos leitores que nos prestigiaram em mais uma edição do Simpósio! As palestras proferidas no evento serão disponibilizadas na página da revista Hortifruti Brasil a partir deste semana.

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Venha nos visitar na Hortitec!


Já estamos na Hortitec!

Você, leitor, que vai prestigiar a feira, não deixe de nos visitar também, estamos no setor azul, estande no. 38. Nossos analistas de mercado estarão lá para te receber e conversar sobre o mercado de frutas e hortaliças.

Amanhã, quinta-feira (17), realizaremos o nosso III Simpósio Econômico Hortifruti Brasil de Frutas & Hortaliças no Auditório da Hortitec (ao lado dos restaurantes) a partir das 14h. O Simpósio é gratuito a todos os interessados.

Abaixo, confira a programação do Simpósio:

Das 14h30 as 15h30
Perspectivas do Mercado de Frutas

Das 16h as 17h15
Perspectivas do Mercado de Hortaliças

Äs 17h30
Palestra sobre Custos de Tomate

Caso precise de convite para a Hortitec, entre em contato com a gente pelo telefone (19) 3429-8808 que nós entregaremos a você na entrada da feira.

Compareça, a sua presença é importante para nós!

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Últimas notícias do mercado de hortifrutícolas

Leia a seguir a movimentação do mercado das principais frutas e hortaliças da última semana.

BATATA: Volume ofertado volta ao “normal”
Na última semana, a batata especial padrão ágata foi comercializada na Ceagesp à média de R$ 65,41/sc de 50 kg, desvalorização de 8% em comparação ao período anterior. O ritmo de colheita segue intenso nas regiões produtoras. Este mês é pico de safra das secas e o tempo está favorável para as atividades de campo. O ritmo de colheita deve continuar com bom ritmo nos próximos dias, já que não há previsão de chuva significativa nas áreas produtoras.

CEBOLA: Preços não param de cair na fronteira
Na semana passada (07 a 11/06) a média de preços da cebola da Argentina em Porto Xavier (RS) foi de R$ 27,00/sc de 20 kg caixa 3, queda de 11%. Importadores da região alegaram que os preços caiam ainda mais nas próximas semanas, visto que a cebola nacional vem se mostrando mais atrativa frente aos bulbos argentinos, diminuindo a procura pelos últimos. A previsão é de que até meados de julho a oferta nacional não consiga abastecer completamente o mercado interno, o que sugere que mesmo com sucessivas desvalorizações nos preços, ainda haja abastecimento do país vizinho.

CENOURA: Aumenta a procura em Minas Gerais
Na semana passada (07 a 11/06), houve aumento na demanda nas regiões produtoras de Minas Gerais devido ao aumento da procura de compradores das regiões de Cristalina (GO) e Irecê (BA), que estão com pouca mercadoria. Além disso, a oferta reduziu devido às temperaturas mais baixas, que atrasam o desenvolvimento da cenoura. Frente a este cenário, a caixa “suja” de 29 kg teve uma valorização de 33% na semana passada frente à anterior. Para esta semana, o mercado deve continuar aquecido.

TOMATE: Vendas fracas desvalorizam tomate
Na semana passada (07/06 a 11/05), o tomate salada 2A foi desvalorizado em 11% na Ceagesp, sendo comercializado na média de R$ 25,40/cx de 23 kg. Essa queda se deve às vendas bastante fracas nas regiões produtoras e à oferta baixa no mercado causada pela maturação lenta do fruto. Para esta semana, o tomate deve ser mais valorizado, pois no fim da semana passada, mais especificamente na sexta-feira (11), produtores comentaram que a procura melhorou e não houve sobra de mercadoria no mercado.

BANANA: Nanica valoriza 69%
A banana nanica valorizou 69% na média da última semana (07 a 11/06) em comparação com a anterior Bom Jesus da Lapa (BA), com a caixa fechando a média de R$ 9,31/cx de 22 kg. O aumento nas cotações é devido à baixa oferta da variedade no mercado interno. A perspectiva é que na próxima semana a nanica baiana continue com bons preços ao produtor.

CITROS: Sem grande oferta, preço se sustenta
As cotações da laranja no mercado doméstico estão sustentadas pela baixa oferta de frutas. Na média da semana passada, da pêra foi de R$ 14,95/cx de 40,8 kg, na árvore, avanço de 2,6% em relação à da semana anterior. As variedades precoces, hamlin e westin, foram negociadas entre R$ 10,00 e R$ 15,00/cx, na árvore. Quanto às indústrias, estas estão processando frutas de pomares próprios e de contratos. Em menor volume, também estão recebendo laranjas precoces no portão (mercado spot, sem contrato) a R$ 14,50/cx e poncã, a R$ 10,00/cx, ambas postas.

MAÇÃ: Preço da gala ao produtor começa a reagir
O volume de maçã gala disponível no mercado interno está menor devido ao término da colheita no Sul e ao armazenamento das frutas. Este fator possibilitou um leve aumento nos preços da maçã nos pomares do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Outro fator relevante é de que a procura pela variedade gala é superior à de fuji. A maçã gala graúda Cat 1 (calibres 80 a 110) foi vendida em São Joaquim (SC) a R$ 25,17/cx de 18 kg na semana passada (07 a 11/06), alta de 5% em relação à anterior.

MAMÃO: Preços de mamão devem se manter em patamares altos
Na semana passada (07 a 11/06), o mamão formosa teve alta de 55% nas cotações em relação ao período anterior. A variedade foi vendida a R$ 14,50/cx de 13 kg. Já o havaí do tipo 15-18 foi vendido a R$ 23,88/cx de 8 kg, valorização de 9% no mesmo período. O frio diminui o volume produzido e desacelera a maturação da fruta nas principais roças fornecedoras, ocasionando a redução na oferta. Para esta semana, os preços devem se manter nos mesmos patamares, visto que não há previsão de aumento na produção.

MANGA: Menor volume de manga eleva preços
Os preços da manga na roça têm reagido devido ao menor volume de tommy atkins em Petrolina (PE)/Juazeiro (BA), no Vale do São Francisco, e em Livramento de Nossa Senhora (BA). Tanto no Vale como em Livramento de Nossa Senhora, a tommy atkins foi comercializada à média de R$ 0,77/kg na semana passada. Em Livramento, o preço da variedade reagiu 15% em relação à semana anterior e, em Petrolina (PE)/Juazeiro (BA), a valorização foi de 35%. A expectativa de produtores do Vale do São Francisco é que o volume de manga, em geral, seja maior a partir da segunda quinzena de julho e, em Livramento, esse aumento é esperado para o início de agosto.

MELÃO: Acúmulo de fruta na Ceagesp reduz preços
As vendas de melão seguiram baixas no decorrer das últimas semanas e, com isso, os estoques do melão estão elevados nos boxes atacadistas. A oferta é reduzida nesta época do ano, e mesmo assim, a fruta tem apresentado pouca saída, segundo atacadistas. De modo geral, a queda nas vendas neste período do ano é devido ao clima frio, que retrai as vendas de frutas de modo geral. O melão amarelo tipo 6-7 foi vendido na Ceagesp em média a R$ 17,22/cx de 13 kg na semana passada, recuo de 8% em relação à anterior.

UVA: Marialva e Norte do Paraná iniciam as podas para final do ano
Na última semana (07 a 11/06), em Marialva (PR) e no norte do estado alguns produtores já iniciaram as podas para a safra do final de ano. A safra deve iniciar em meados de novembro. Nesta semana, os preços também se sustentaram por conta da menor da oferta. A itália em Marialva foi a cotada a R$ 2,24/kg, valor 2% superior ao da semana passada. Para a próxima semana, a oferta deve permanece retraída mantendo os preços em patamares semelhantes.

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Temperaturas caem ainda mais e causam geadas em pomares de maçã


Os termômetros caíram ainda mais no Brasil nos últimos dias, e algumas capitais registraram as menores temperaturas do ano nesta madrugada. Além de dias mais frios, a temporada do frio acaba trazendo também preocupação aos produtores.

No Sul do País, a região produtora de maçã de São Joaquim (SC) sofreu com geadas na semana passada. Este fenômeno atrapalhou o fim da colheita para produtores que ainda estavam realizando atividades no campo. Devido ao elevado grau de maturação das frutas que ainda estão sendo colhidas em São Joaquim, produtores tiveram de embalar a fruta e logo destiná-las às vendas. Caso contrário, devem ser destinadas à indústria de suco.

Além de afetar as atividades de campo nos pomares de maçã do Sul, o clima frio continuou limitando as vendas de outros hortifrutícolas na última semana, como tomate, batata, cenoura e mamão. Esse cenário é comumente observado no inverno.

A exceção continua sendo para a banana e para a laranja, especialmente para a variedade poncã, que tiveram suas vendas aquecidas na última semana. Ainda é pouca a oferta da banana em quase todas as regiões produtoras. Para a poncã, a oferta limitada de outras variedades de laranja acaba induzindo em maior consumo da tangerina.

Dentre outros mercados, começou na semana passada a safra de cebola no Centro-Oeste. Cristalina (GO) e Brasília (DF) registraram chuvas durante o plantio das cebolas, mas mesmo assim as primeiras colheitas nessas regiões apresentaram bons resultados, com cebolas de boa qualidade.

Por outro lado, a oferta de manga, melão e uva esteve reduzida na última semana. A colheita de manga está limitada no Vale do São Francisco, enquanto que no Rio Grande do Norte e no Ceará é entressafra de melão. Para a uva, Paraná está ofertando pouca uva ao mercado devido à redução da safra em Marialva, que deve seguir com colheita escalonada até julho.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Batata: Após recordes de preços, cenário começa a mudar

Os preços da batata têm animado muitos produtores neste ano de 2010. No início de março deste ano, a equipe de analistas de mercado de batata da Hortifruti Brasil levantou os maiores preços desde o início das pesquisas sobre a batata no Cepea, em 2001. Alguns atacadistas de Belo Horizonte (MG) foram contemplados com preços de até R$ 200,00/sc de 50 kg em março deste ano.

O cenário tem mudado nas últimas semanas e, especialmente, na última. O clima firme em todas as regiões produtoras, a intensificação da colheita da safra das secas e o restante de batata da safra das águas resultaram em um volume maior no mercado nos últimos dias. Resultado: os preços da ágata especial padrão ágata desvalorizaram 40% na média da semana passada, a R$ 61,25/sc de 50 kg, na roça. Mesmo com grande oferta e a preços mais baixos, a demanda esteve desaquecida devido ao período de fim-de-mês, quando o consumo é tipicamente menor. Com a intensificação da colheita na região do Sudoeste Paulista, as cotações podem ser ainda mais pressionadas nesta semana.

Há um bom volume disponível no mercado também de outras hortaliças, como cenoura, cebola e tomate. Assim como para a batata, as vendas estiveram moderadas também para estas hortaliças, visto a baixa aquisição no período de fim-de-mês. Particularmente, muitos tomates colhidos na última semana foram enviados ao mercado ainda verdes, já que o frio “segura” a maturação dos frutos.

Para o mercado de frutas, o consumo continuou reduzido nos últimos dias. Dias mais frios e o período de fim-de-mês reduziram o consumo, como verificado nos mercados de maçã, mamão, manga, melão e uva.

Quem conseguiu resistir ao frio e ao período de baixo consumo foram a banana e a tangerina poncã. Houve pouca oferta de banana nos últimos dias, o que induziu em maior procura pela fruta. A tengerina poncã, de sabor diferenciado e fácil manuseio, também foi bastante procurada na última semana, mesmo apresentando preços maiores em relação ao mesmo período do ano passado.

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Frio e fim-de-mês: redução no consumo de frutas e hortaliças

Foto: Hortifruti Brasil


A chuva e a queda nas temperaturas em quase todo o Brasil foram os principais fatores que diminuiram o consumo desses frutas e hortaliças na última semana. É o caso da banana, maçã, mamão, melão, tomate, uva e laranja. O fato de ser período de fim-de-mês também contribuiu para a redução no consumo, pois a condição aquisitiva do consumidor é menor nos últimos dias do mês.

Além de o clima ter influenciado no mercado e, consequentemente, nos preços, o aumento da oferta de algumas frutas e hortaliças também pesaram nas cotações de alguns hortifrutícolas da última semana. Houve aumento da oferta de batata devido ao início da colheita da safra das secas, a oferta também é maior de cebola e de manga no Nordeste e a alta produtividade de cenoura possibilitou um maior escoamento ao mercado.

Para esta semana, o mercado deve ser similar, pois a continuidade do clima ameno deve predominar em boa parte do Brasil e, os recebimentos dos salários, a partir do fim-de-semana.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

É a vez de a cebola apresentar preços recordes


O preço da cebola bateu recorde na última semana. Em Irecê (BA), a cebola teve aumento significativo de 43% na última semana em comparação com a anterior, com o quilo ultrapassando R$ 2,00 na roça. Esse valor, em termos nominais, é o maior já registrado pelo Cepea desde o início do levantamento, em 2001. Com as cotações em alta, alguns produtores estão mais otimistas com a safra após ser severamente prejudicada pelas chuvas de fevereiro a abril. Em 2010, a batata e o tomate também apresentaram recordes de preços, conforme os dados do Cepea.

Apenas a cenoura, dentre as hortaliças analisadas pela Hortifruti Brasil, é quem está devendo preços mais remuneradores ao produtor. E isso ainda pode demorar um pouco. As regiões produtoras de Minas Gerais, principal ofertante no momento, estão com a produtividade elevada favorecida pelas boas condições climáticas. Assim, os preços pagos ao produtor devem continuar limitados.

O clima também tem refletido em outros mercados. As temperaturas mais amenas, típicas de outono, influenciaram tanto no consumo como no desenvolvimento de alguns hortifrutis.

No caso do tomate, por exemplo, as temperaturas mais baixas diminuíram o ritmo de maturação dos frutos, o que fez com que produtores colhessem menos tomate e, consequentemente, destinassem menos oferta ao mercado doméstico. Nas regiões que produzem mamão, o clima mais frio também desacelerou a maturação, e a entrada de frutos mais verdes entraram no mercado, conforme comentaram atacadistas.

O atual clima é benéfico para o desenvolvimento de floradas em pomares de manga no estado de São Paulo. Enquanto as floradas em árvores de manga palmer já estão se antecipando, as de tommy atkins têm previsão para iniciar em junho.

No quesito consumo, as temperaturas mais amenas reduzem o consumo de hortifrutícolas, em especial o de frutas. É o que foi verificado nos mercado de uva, maçã, banana e melão.

Além do frio, preços mais altos de algumas frutas e hortaliças também pesaram nas compras do consumidor. Mesmo com menores preços nos últimos dias, a batata ainda encontra-se em patamares altos de preços: a saca de 50 kg chegou a ser comercializada por cerca de R$ 130,00 na Ceagesp (SP).

Paralelamente, as negociações no mercado de laranja seguem aquecidas, principalmente ao segmento industrial. Parte dos citricultores paulistas estão se remunerando melhor neste ano em comparação à 2009, pois os valores de contratos estão mais atrativos ao produtor neste ano – em conseqüência da menor produção mundial (São Paulo e Flórida). O anúncio da fusão de 2 das maiores empresas brasileiras de suco de laranja na última semana também devem agitar a citricultura.

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

Especial Citros 2010


O Especial Citros 2010 já está disponível na página da revista! Esta é a edição de marca o 8º aniversário da publicação!
Neste especial, foram avaliados os custos de produção e de reposição de patrimônio de três fazendas de laranja do estado de São Paulo pela Equipe Custo/Cepea. Nessas fazendas, aumentou o custo com inseticidas na tentativa de controlar o HLB (mais conhecido como greening), o maior desafio do citricultor no momento.

Leia a opinião dos três citricultores que tiveram os custos de suas fazendas de laranja avaliadas e o que eles esperam para o futuro da citricultura. A equipe Citros/Cepea também aplicou à sua a rede de colaboradores um questionário a respeito dos custos de produção e dos preços recebidos em 2009. Confira!

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil