segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Chuva no Vale do São Francisco preocupa produtores

As chuvas no Nordeste na última semana deixaram produtores de frutas e hortaliças em alerta, especialmente no Vale do São Francisco, a mais importante região produtora de HFs do Nordeste. Praticamente todas as culturas produzidas na região e acompanhadas pelo Cepea sofreram algum impacto com as precipitações, conforme relatos de produtores.

A colheita de cebola no Vale do São Francisco chegou a ser interrompida na última semana por conta da umidade. Desta forma, foram comercializadas principalmente as cebolas que já estavam nas beneficiadoras. De qualquer forma, as precipitações podem depreciar a qualidade das cebolas que serão colhidas.

Para a manga, como a maioria dos produtores nordestinos está preparando os pomares para a safra 2015, as precipitações atrapalham as induções florais e as floradas.

Outra cultura que também teve seus trabalhos de campo reduzidos foi o melão. Quando ocorrem chuvas, a retirada dos melões nas roças não ocorre, o que pode gerar atrasos na comercialização. Além disso, a fruta fica com menor calibre, e acaba perdendo espaço para as frutas maiores, como as do polo produtor Rio Grande do Norte/Ceará.

A qualidade da uva colhida na região também foi afetada diante das chuvas dos últimos dias. As variedades mais prejudicadas foram as sem sementes, como a uva thompson, que são mais sensíveis aos impactos climáticos. 

Para alívio da hortifruticultura, pelo menos nos próximos 15 dias não há previsão de novas chuvas no Vale do São Francisco, segundo a Somar Meteorologia. Desta forma, as atividades de campo, bem como a qualidade dos hortifrutícolas, podem melhorar já nesta semana. 

Por Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil


 

Laranja: seca prejudica floradas e pode afetar a safra 2015/16

Se por um lado as chuvas são preocupantes no Nordeste, a seca prolongada no Sudeste vem tirando o sono de muito agricultor. As chuvas foram um pouco mais volumosas em novembro, mas ainda bem abaixo da média do mês no estado de São Paulo, mantendo em alerta produtores de laranja quanto à proporção da próxima safra.

Apesar de ainda ser cedo para quantificar o volume a ser colhido na safra 2015/16, citricultores já notam danos nas plantas agravados pelo forte sol e calor, o que prejudica ainda mais o vigor das árvores. Até mesmo nas regiões mais chuvosas e nas fazendas irrigadas há relatos de danos no “pegamento” das floradas. Em algumas áreas, a queda de chumbinhos foi muito intensa e a melhora do volume de frutas vai depender de novas aberturas de flores.
 
Para os próximos 10 dias, a previsão é de chuvas mais regulares, segundo a Climatempo.

Por Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Preço da tahiti bate recorde em novembro

O preço da lima ácida tahiti já é recorde na parcial de novembro. Apenas na última semana, os valores da fruta estiveram a R$ 73,58/cx de 27 kg, colhida. Considerando o mês de novembro, este valor é o maior já registrado de toda a série histórica do Cepea, que teve início em 1996. A maior cotação já verificada para o mês foi de R$ 46,64 em 2008.

O que explica os recordes históricos é a falta de fruta de qualidade no mercado – sem contar que é período de entressafra. Boa parte da tahiti negociada está com baixo calibre devido à forte seca no estado de São Paulo este ano. No entanto, aquele produtor que tinha frutas mais graúdas conseguiu vendê-la por mais de R$ 100,00/cx. A maioria dos produtores, no entanto, tem negociado a valores bem mais baixos, mas ainda assim é considerado satisfatório, o que segue motivando produtores a colherem a fruta antecipadamente. 
Por Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil
 

PR inicia colheita de uva focando no fim do ano

Produtores de uva das regiões de Marialva e do norte do estado do Paraná (Uraí, Assaí e Bandeirantes) começaram a colheita nas últimas semanas. Boa parte desses produtores foca sua produção nas festas de fim de ano, quando a uva é uma das frutas mais consumidas nesta época, competindo no mercado com as frutas de caroço.

A safra paranaense começou com qualidade satisfatória, graças ao clima seco nos últimos meses nas regiões produtoras. Desta forma, a expectativa é que os viticultores ofertem uvas de boa qualidade até o fim do ano. Durante o desenvolvimento dos parreirais, no entanto, houve ocorrência de ventos fortes durante o período de brotação em Marialva e no norte do estado, o que pode ter diminuído a produtividade dos parreirais. Com isso, viticultores esperam que a produtividade média desta safra de final de ano seja menor frente às anteriores.
 
Com o início das atividades de campo nas regiões paranaenses, os preços da uva no mercado reduziram nos últimos dias. O preço médio da uva itália em Marialva foi de R$ 3,50/kg na última semana, queda de 8,4% frente à última semana. No norte do PR, a variedade foi comercializada a R$ 3,90, redução de R$ 2,5% na mesma comparação. 
 
Por Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil


 

Chuva se concentra no Nordeste do País

A semana deve ser chuvosa no Vale do São Francisco, segundo a Somar Meteorologia, importante região produtora de frutas do Nordeste, sobretudo para exportação (manga e uva). Algumas precipitações já foram observadas na região na última semana, o que já animou produtores da região. Mesmo em baixo volume, as chuvas já amenizaram um pouco a situação, sobretudo do solo, que estava muito seco por conta da longa estiagem na região.

Além do Vale do São Francisco, as chuvas também marcarão presença em Irecê e na Chapada Diamantina (BA), algumas das principais regiões produtoras de hortaliças, como cenoura, cebola e batata. Se por um lado a previsão de chuva pode interferir um pouco nas atividades de campo, por outra pode favorecer o aumento dos investimentos para a próxima safra.

Por Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

 

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

I Workshop em Mecanização Agrícola, do Gelq/Esalq

Clique no cartaz para melhor visualização
O Grupo de Estudos Luiz de Queiroz (Gelq) convida-o para o evento "I Workshop em Mecanização Agrícola - Tecnologia de aplicação", que ocorrerá no dia 22 de novembro de 2014, a partir das 7h30 nas dependências da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ/USP), no auditório “Maracanã” e nas dependências da CASE, em Piracicaba (SP).

Este evento tem como objetivo apresentar as técnicas mais recentes relacionadas à aplicação de produtos fitossanitários. Serão apresentadas aulas teóricas práticas que abordarão as áreas de maquinário, regulagem, aplicação e manutenção. O objetivo ao final do curso é a de que os participantes saiam do Workshop sendo capazes de realizar todas as operações envolvidas no processo de aplicação de produtos fitossinatários de maneira eficiente e segura.

As inscrições podem ser feitas pelo site:
http://fealq.org.br/informacoes-do-evento/?id=196.
 
 Atenciosamente,
Equipe Hortifruti Brasil

Edição de novembro - Especial Uva: niagara toma espaço da uva fina em SP

A Hortifruti Brasil publica o Especial Uva na edição de novembro e analisa a competitividade da uva niagara no estado de São Paulo. São apresentados os custos de produção da variedade em 3 das principais regiões produtoras do estado de São Paulo: Campinas, São Miguel Arcanjo e Jales.

Todo o estudo de competitividade da uva niagara é feito com discussões sobre três sistemas de condução na viticultura paulista: espaldeira, latada e o promissor sistema “Y”.

Leia o estudo completo em
www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil.
 
Atenciosamente,
Equipe Hortifruti Brasil
 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Retorno das chuvas traz alívio para a hortifruticultura do Sudeste


A tão esperada chuva voltou ao Sudeste na última semana, após a longa e mais severa seca já ocorrida na região. Apesar de ainda não serem volumosas, as precipitações já trouxeram alívio para produtores de frutas e hortaliças na região, sobretudo no estado de São Paulo.

As chuvas registradas na última semana em praticamente todo o cinturão paulista de laranja trouxeram certo ânimo aos produtores. As frutas que estão prontas para a colheita já estão mais revigoradas, o que tem permitido maior remuneração. Isso já tem reduzido o valor de venda da laranja irrigada quanto à de sequeiro. Há duas semanas, a laranja irrigada estava sendo vendida por até R$ 5,00 a mais que as de sequeiro e, na última semana, essa diferença caiu para R$ 2,00.

Produtores que manga em São Paulo também comemoram o fim da seca. Na região de Monte Alto, umas das principais produtoras da fruta, choveu cerca de 90 mm nesta semana. Assim como a laranja, a qualidade da manga também deve melhorar, sobretudo no calibre, já que as frutas comercializadas até então estava miúdas.

Com a chuva, o cenário também é otimista para a banana. O Vale do Ribeira, importante região produtora da fruta do País, vinha lutando contra os efeitos negativos do calor e da seca, e com o aumento da umidade, já se espera que bananas de melhor qualidade no mercado.

Além de São Paulo, outros estados do Sudeste que igualmente enfrentavam a falta de chuva, também foram beneficiados pelas chuvas dos últimos dias, como Minas Gerais. Pela primeira vez no ano, o Cerrado Mineiro recebeu chuvas de boa intensidade – a região é uma das principais produtoras de cenoura do País. As lavouras que estão com estágio elevado de desenvolvimento não conseguiram se recuperar, pois as cenouras tiveram dificuldades de engrossar com a seca.

Mas produtores mineiros estão otimistas de que haja continuidade das chuvas, as quais podem melhorar a qualidade da raiz. Além disso, precipitações mais regulares poderão recuperar a área da safra de verão de cenoura do Cerrado Mineiro, que pode ter reduzido 5% por conta dos efeitos da estiagem. 

A chuva também alcançou o estado do Espírito Santo. Produtores de mamão do estado informaram ao Cepea que a qualidade da fruta está melhorando: houve melhora no calibre da fruta, que estavam abaixo do ideal para comercialização. Além disso, os pés de mamão passaram a produzir mais, pois a maturação foi acelerada por conta também das elevadas temperaturas no estado capixaba. Mesmo que as chuvas sejam bem-vindas, produtores de mamão devem ficar atentos caso haja excesso de umidade, o que pode permitir o surgimento de doenças fúngicas, desvalorizando a fruta do Espírito Santo.

Neste início de semana, uma frente fria está atuando sobre o Sudeste e deve trazer bons volumes de chuva, sobretudo para o Espírito Santo, segundo previsões da Climatempo. Fortes pancadas de chuva acompanhadas de raios e rajadas fortes de vento são previstos em todo o estado mas principalmente no centro-norte capixaba. 

Para São Paulo e Minas Gerais, alguma nebulosidade ainda pode ocorrer nesta segunda-feira, 10, mas o tempo firme volta a predominar até meados desta semana. A partir de quinta-feira, 12, novas precipitações deverão ocorrer nos estados, com risco, inclusive, de temporais, conforme prevê a Climatempo.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

MG envia prata para a Europa

Nesta semana, Portugal receberá o primeiro contêiner de banana prata produzida na região Norte de Minas Gerais. Após dois anos de pesquisas para encontrar o ponto certo de colheita, assim como para desenvolver técnicas de refrigeração ideais para que a fruta chegasse em boas condições para consumo na Europa, o embarque foi finalmente efetuado no dia 15 de outubro.

O projeto, desenvolvido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) com apoio do Sebrae/MG, objetiva abrir portas para a exportação da fruta mineira. Caso bem sucedido, a região será a primeira do País a exportar a variedade prata.

Além do norte mineiro, Santa Catarina também exporta bananas, mas para os países do Mercosul.

Laranja irrigada custa até R$ 5,00/cx a mais no mercado de mesa

Citricultores paulistas continuam preocupados com a falta de chuvas, que vem prejudicando a qualidade das frutas de mesa. Neste fim de semana, algumas localidades do estado receberam chuvas um pouco mais intensas, enquanto, em outras, as precipitações ainda foram insignificantes.

As laranjas murchas e de menor tamanho são menos aceitas e acabam tendo preços mais baixos. Em alguns casos, a diferença de valor entre a fruta irrigada e a de sequeiro chega a R$ 5,00/cx de 40,8 kg no mercado in natura de São Paulo.

Um alento é a previsão de chuvas para esta semana nas regiões paulistas, cujos volumes devem ser mais significativos que os verificados na maior parte do mês de outubro. Segundo a Somar Meteorologia, em Limeira, deve chover 74 mm entre o dia 1º e 9; em Araraquara, 96 mm, enquanto em Avaré são esperados 75 mm. Já em Bebedouro, o acumulado no período deve ser menor, de 42 mm.

Por Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil