O excesso de chuva ocorrido nas últimas semanas, intercalado com o forte calor, acaba influenciando diretamente na qualidade das frutas e hortaliças. Com isso, alguns hortifrutícolas acabaram perdendo valor no mercado.
Além do excesso de oferta de batata devido às intensas atividades de colheita no Sul de Minas e no Paraná, a batata está com aspecto escurecido devido à elevada umidade. Mesmo com preços pouco remuneradores, produtores continuam colhendo, pois a batata já chegou ao final do ciclo e, se continuar na terra, pode ser até descartada.
Em Ituporanga (SC) e Irati (PR), regiões produtoras de cebola, as chuvas prejudicaram ainda mais a qualidade dos bulbos que ainda estavam na roça, agravando o problema com bico d'água. Assim, o descarte no beneficiamento está elevado.
As altas temperaturas possibilitaram uma maturação mais rápida do tomate na última semana. Como conseqüência, o volume no mercado aumentou e pressionou as cotações. A previsão para as regiões de tomate é que o clima nesta semana continue com sol e chuva, agravando o problema da baixa qualidade do fruto.
As frutas também têm sentido os efeitos do atual clima, sobretudo no estado de São Paulo. As uvas finas de São Miguel Arcanjo e Pilar do Sul (SP) estão com brix abaixo ideal e, para as uvas rústicas, a chuva tem causado rachar de bagas. Para a manga, a chuva colaborou para a incidência de antracnose e mancha angular em Monte Alto e Taquaritinga (SP).
Prejuízo em Nova Friburgo ainda é incerto
Após as enchentes na Região Serrana do Rio de Janeiro, ainda não se sabe estimar o prejuízo nas roças de tomate de Nova Friburgo (RJ).
Segundo colaboradores do Cepea, em algumas lavouras que não foram atingidas pela chuva já foi possível comercializar os frutos para o atacado fluminense, pois algumas estradas já foram liberadas.
A falta de energia e mão-de-obra nas roças são outros problemas ainda enfrentados pelos tomaticultores.
Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil
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