A região Sul é uma das mais castigadas pelo clima, principalmente pelo elevado volume de chuva que ocorre desde julho nas regiões produtoras. Com as roças alagadas, fica comprometido, por exemplo, o plantio da cenoura no Rio Grande do Sul.
A região do Vale do Ribeira (SP) já tem passado por maus bocados, já que no início de agosto enchentes danificaram significativa parte dos bananais, e muitos deles deverão ser replantados.
Por enquanto, a batata que tem entrado aos atacados paulistanos está sendo considerada satisfatória e com boa aceitação no mercado. No entanto, o receio de produtores é de que, se a estiagem perdurar por mais tempo nas roças do Sudeste, é provável que o tubérculo comece a perder a cor e, assim, seu valor no mercado.
Para a cultura do tomate, as elevadas temperaturas aceleram a maturação dos frutos, o que faz aumentar ainda mais o volume de tomate ponteiro (de menor calibre), com menor aceitação da ponta consumidora.
Outro produto que tem apresentado padrão abaixo do ideal de comercialização é a manga colhida no Nordeste. O menor tamanho das frutas se deve à limitação de água nos reservatórios para a irrigação dos pomares nordestinos.
Quanto ao comércio, no geral, as elevadas temperaturas durante o inverno têm instigado o consumo de hortifrutis, em especial as frutas. Além disso, outro motivo que tem estimulado o comércio foi o período de recebimento dos salários. O mercado só não foi melhor devido ao feriado de 7 de Setembro na última quarta-feira, quando boa parte dos consumidores reduzem suas compras.
Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil
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